Óleos Essenciais como Conservantes Alimentícios Naturais

Eduarda Marcili Lemons | eduardalemons@gmail.com

Marcelo Moller Alves | marceloqui@pelotas.ifsul.edu.br [ORIENTADOR]

Théo Lahorgue Roscoff | theolahorgueroscoff@outlook.com

 

Campus: Pelotas

Nível: Ensino Médio

Área: Ciências Exatas e da Terra

 

Resumo

A ciência vem comprovando a ação de plantas com potencial antimicrobiano. Os terpenóides constituem os óleos essências das plantas e são responsáveis pela atividade antimicrobiana. Apesar da grande diversidade, estudos ainda buscam por um antimicrobiano ideal, cujo apresente maior espectro de ação, menor toxicidade, custo e indício de resistência bacteriana. Portanto, este projeto objetivou identificar a composição química do óleo essencial de plantas medicinais regionais e verificar sua atividade antimicrobiana para uso em alimentos como conservantes naturais frente a fungos alimentícios. Devido ao aumento com a preocupação em ter uma qualidade de vida melhor e uma alimentação mais saudável, cresce o interesse por alimentos naturais, que não contenham agroquímicos e conservantes industriais. O emprego de óleos essenciais é uma alternativa ao uso das substâncias artificiais. Para isso, inicialmente extraiu-se os óleos essenciais de pitangueira (Eugenia uniflora) e gengibre (Zingiber officinale). Após secos, prosseguiu-se a extração via Clevenger. Posteriormente, identificaram-se os componentes químicos dessas substâncias através da cromatografia gasosa. Por fim, aplicou-se o método de difusão em discos para a atividade antimicrobiana: os óleos essenciais in natura foram impregnados em discos de papel filtro em quantidades distintas e, seguidamente, dispostas em placas de Petri previamente inoculadas. Monitorou-se nos períodos de 72 e 156h. Os principais componentes encontrados foram Curzerene (77,05%) e Geranial (19,85%) para a pitangueira e o gengibre, respectivamente. Diferentemente da análise microbiológica do óleo essencial de pitangueira, as análises do óleo essencial de gengibre apresentaram colônias fúngicas após o período de 156h, mostrando-se assim um potencial antifúngico. Diante disso, o composto de gengibre apresenta-se como um promissor conservante alimentício alternativo. Todavia, ainda requerem-se novos estudos para testar sua influência efetiva no aumento da vida de prateleira, assim como em outras quantidades distintas a fim de averiguar a interferência no sabor do alimento.

 

Palavras-chave

Óleos Essenciais; Conservantes Naturais; Antifúngicos