Caracterização cromatográfica do bio-óleo obtido no processo de co-pirólise do caroço do pêssego e polietileno de baixa densidade
Caroline dos Santos Duarte | caroolsduarte@gmail.com
Pedro José Sanches Filho | pjsans@ibest.com.br [ORIENTADOR]
Gabriela Oliveira Andrade | gab_0_andrade@hotmail.com
Lidiane Schmalfuss Valadão | lidianeschmalfuss@hotmail.com
Campus: Pelotas
Nível: Ensino Superior
Área: Ciências Exatas e da Terra
Resumo
Com o aumento da produção mundial de plásticos e a geração anual de resíduos de caroço de pêssego provenientes da agroindústria, a conversão térmica simultânea de biomassa e resíduos plásticos surge como uma forma promissora para o uso mais eficiente destes resíduos objetivando o melhor gerenciamento ambiental aliado às vantagens econômicas. A adição de uma matéria prima rica em hidrogênio, como os resíduos plásticos, tem potencial de melhorar as características do bio-óleo (BO) produzido por pirólise. Neste trabalho, fez-se a caracterização da fase orgânica do BO obtido a partir da co-pirólise de caroço do pêssego (CP) e polietileno de baixa densidade (PEBD). Para o processo de pirólise se fixou a massa total de amostra (CP+PEBD) em 7 g, sendo 30% m/m de PEBD e a taxa de aquecimento em 60°C.min-1. O fluxo de gás foi de 3 mL.min-1 a 400°C. O BO apresentou três fases, duas frações orgânicas (FO), uma de alta e uma de baixa densidade, e uma fração aquosa. A partir da caracterização cromatográfica observou-se que a FO de baixa densidade se mostrou constituída principalmente de hidrocarbonetos, estando relacionada à quebra do polietileno, cuja composição é 96% de hidrocarbonetos do C12 ao C35. Já a FO de alta densidade se mostrou rica em fenóis, com 33% em área. As FOs como um todo apresentaram 60,66% de hidrocarbonetos, indicando que a co-pirólise aumentou significativamente o poder calorifico do óleo em comparação ao bio-óleo obtido da pirólise do caroço apenas, representando uma alternativa para o destino desses passivos ambientais.
Palavras-chave
biomassa ; polietileno; cromatografia
