E se o ano bissexto não existisse?

 

João Pedro Theves Knopf | joaopedroknopf9@gmail.com

Malcus Cassiano Kuhn | malcuskuhn@ifsul.edu.br [ORIENTADOR]

 

Campus: Lajeado

Nível: Ensino Médio

Área: Ciências Exatas e da Terra

 

Resumo

Este trabalho é um recorte do projeto de pesquisa, Problemas de Fermi – fazendo estimativas com poucas informações, desenvolvido no IFSul Câmpus Lajeado, no período de agosto de 2018 a julho de 2019. Aborda possíveis consequências da não existência do ano bissexto. O objetivo é compreender a importância do ano bissexto e apontar possíveis impactos da sua não inclusão no calendário. O estudo foi realizado através do método desenvolvido pelo físico italiano Enrico Fermi (1901-1954), que consiste na resolução de problemas com poucas informações, por meio de estimativas, chamados de problemas de Fermi. O marco temporal possui a duração de 4720 anos, iniciando-se em 2700 a.C., data de criação do primeiro calendário na Mesopotâmia, e encerrando-se no ano de 2020, quando ocorrerá o próximo ano bissexto. Considerando esse marco temporal e a definição de ano bissexto, realizou-se uma análise do movimento de translação da Terra, que define a duração do ano em nosso planeta e as estações do ano. Constatou-se que a cada ano bissexto não incluso no calendário, a Terra deixaria de transladar um dia, fazendo com que ela não completasse os 360º de seu movimento. Assim, concluiu-se que a não existência do ano bissexto ocasionaria um atraso de 3,23 translações da Terra, provocando mudanças nos ciclos para o cultivo de alimentos e interferência na economia de países que dependem da agricultura, principalmente, para produção de alimentos. Por fim, a ocorrência desses impactos, afetaria o modo de vida da população mundial.

 

Palavras-chave

Calendário; Translação da Terra; Estimativas