12ª JIC - 2019

Augusto Cardoso Teixeira | augustocrds.txr@gmail.com

Carla Menegat | carlamenegat@ifsul.edu.br [ORIENTADOR]

 

Campus: Gravataí

Nível: Ensino Médio

Área: Ciências Humanas

 

Resumo

Este projeto investiga os mecanismos presentes nas redes políticas que conectavam as relações dos pecuaristas de nacionalidade brasileira estabelecidos no Uruguai e a elite política na Corte do Rio de Janeiro no período entre o fim da Revolução Farroupilha (1845) e o início da Guerra do Paraguai (1863). A presença brasileira no norte uruguaio, originária do fim do período colonial, estava ligada a expansão da pecuária da Província do Rio Grande, a principal atividade produtiva de sua elite. A relação com o território vizinho foi importante em todos os conflitos bélicos da região no século XIX, compondo o estopim da sedição farroupilha e da própria Guerra do Paraguai. Entender quais mecanismos foram criados para dar vazão às reivindicações da elite rio-grandense perante o centro do Império nas duas décadas que se seguiram à revolta farrapa, período esse tumultuado na região – pelas guerras de fronteira – mas estável do ponto de vista da política nacional, proporciona um melhor entendimento sobre a reintegração desses líderes da política e da guerra. Especificamente, o projeto busca dimensionar as intervenções através da imprensa estabelecida na Corte do Rio, buscando observar as repercussões causadas pelos jornais na opinião pública e especialmente averiguar se exerceram influência sobre os pareceres do Conselho de Estado do Império, principal órgão de decisão política da Corte sobre os chamados “Negócios do Prata”. Como resultado, é possível afirmar uma nova percepção sobre a forma como a Corte Imperial observava as questões relacionadas com a região do Prata, como a própria política imperial era articulada e como as opiniões circulavam entre os espaços de discussão política.

 

Palavras-chave

Brasil Império; Rio da Prata; Relações Internacionais