Fórum de Discussão: Vamos Debater?

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

 
Imagem de Darléia Machado Ziegler
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Darléia Machado Ziegler - sábado, 10 out 2020, 12:49
 

Uma pessoa com TEA - Transtorno do Espectro Autista sente, olha e percebe o mundo de maneira bem diferente da nossa; isso está relacionado às dificuldades na integração do processamento sensorial, sendo esta uma habilidade do sistema nervoso central de absorver, processar e organizar respostas adequadas às informações transmitidas pelos sentidos. É um processo neurológico que organiza as sensações do corpo de forma a ser possível o uso eficiente do corpo no ambiente.

Se não há uma boa integração sensorial, as respostas do ambiente serão desorganizadas e geralmente é o que ocorre com as pessoas que possuem esse transtorno, apresentando muitas vezes significativos problemas no processamento das informações, demonstrando sensibilidade aos sons, aversão ao toque, seletividade na alimentação e até mesmo dificuldade em realizar de forma coordenada alguns movimentos corporais como jogar bola, pular corda, vestir-se e alimentar-se. (AYRES, 2012).

A partir dessas informações, analise, numa perspectiva inclusivista, considerando a especificidade do seu trabalho no IFSul (se Professor ou Técnico), como você age ou deverá agir diante de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Caso você seja professor, viveu ou vive essa experiência, poderá fazer um relato de experiência, ou ainda, se não viveu, mas quiser analisar sob a perspectiva de alguma disciplina ou Curso do IFSul, faça sua escolha.

Imagem de Lidiane de Vilhena Amanajás Miranda
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Lidiane de Vilhena Amanajás Miranda - quarta, 14 out 2020, 14:52
 
Trabalhar inclusão com aluno autista pelo professor tem que contar com o apoio do setor de atendimento especial , assim  buscar desenvolver as aulas mais ilustrativas e com uma intensificação de sonorização, também para os instrumentos avaliativos buscar questões de cunho mais didático para o desenvolvimento e compreensão da atividade podendo evidenciar o modo como o planejamento individualizado foi idealizado para a turma e aluno. o primeiro contato determinará como se desenrolará as ações tanto da equipe escolar quanto do aluno, o foco principal é manter a calma, passar o mesmo tratamento, buscar ser flexível. Falar naturalmente sem alterar o tom da voz e nem buscar constranger. Ter cuidado com as situações que o aluno possa ficar desconfortável. o desafio do professor é visualizar suas aulas de modo que seu planejamento de  aulas divertidas para não criar nenhum desconforto e buscar a interação desse aluno com os demais alunos.
Imagem de Maria de Nazaré Ramalho de Oliveira Amorim
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Maria de Nazaré Ramalho de Oliveira Amorim - quarta, 14 out 2020, 23:01
 

O autismo por se tratar  de um transtorno  global de desenvolvimento que tem por característica principal alterações nas áreas fundamentais do ser humano que causam complicações por ter quase sempre sérias dificuldades na comunicação, como na hora de se expressarem e na interação social, com padrões comportamentais restritos, repetitivos e  acabam  por interromper o seguimento normal de um processo; o que torna necessário que  seu diagnóstico seja o mais precoce possível, para que se inicie e identifique o que é essencial trabalhar dentre as várias áreas da vida familiar, social e escolar, embora se saiba a dificuldade em fazer isso, primeiro pela resistência familiar em admitir que os filhos estejam apresentando algum quadro desta natureza, que aliado a uma série de fatores essenciais para que seja definido o diagnóstico como uma equipe de vários profissionais na área de neurologia, psicologia, fonologia, pedagogos e histórico familiar, social e da própria criança como se comporta, o que torna difícil a interferência necessária e procedimentos estruturados

Tenho tido bastante contatos com pessoas com espectro autistas nas suas mais variadas especificidades, e creiam que mesmo com características comuns , cada um tem "um jeito todo próprio de ser" e precisamos realmente conhece-los de verdade para de fato entende-los...o primeiro autista que conheci no IFAP, é muito irreverente, falador, interessante e muito inteligente em algumas áreas: Chegou perto de mim na sala dos professores e falou: "você estuda aqui? eu estudo e gosto muito de alguns professores, tem outros que eu tenho que pegar o pincel das mãos deles e dar aula porque sou muito bom em algumas disciplinas, e tem algumas coisas que sei muito, por exemplo eu sei o número das placas de todos os carros deles e ví quando você chegou e já sei qual é o número da placa do seu e realmente sabia e foi dizendo os números  de todos os professores...não deixou eu falar quase nada, eu ainda não o conhecia me falou o nome dele e disse que tinha gostado muito de "conversar comigo" e de repente um professor que estava na sala de aula dele entrou e disse: Por que você saiu de novo da sala e nem me falou nada, não pode ser assim nós temos regras e você precisa cumprir e ele falou: pra mim a aula já acabou faz tempo...e foi embora... depois soubemos que ele era autista, e que sua família sabia mas não revelou nada na Instituição na hora da Matrícula e no decorrer do tempo fomos identificando suas características e que ele já frequentava uma Instituição, a AMA do Amapá já algum tempo. Ele escrevia com ortografia, mas não separava nenhuma palavra da outra e sua grafia era de trás para frente, entrava a hora que queria e saia a hora que entendia, quando sentia vontade ele simplesmente dizia para o professor se sentar que quem iria dar aula era ele, realmente levava tudo ao pé da letra, mas uma característica interessante dele era de falar muito e não estar "nem aí" para a opinião dos outros...este foi um dos autistas que muito me ensinou a respeito de entender e de como podemos agir de algumas formas para que aceitem ou cumpram algumas "regras" de comportamento e de aprendizagem.


Foto Elis
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Elisângela Morais Braulio - quinta, 29 out 2020, 01:11
 

De fato como a prof. Nazaré abordou há diferentes espectro do autismo.

O que eu acho muito interessante é você poder ter um acompanhamento do progresso dessas crianças, é incrível como elas nos surpreende tão repentinamente. Tenho um primo autista ele tem 11 anos, seu diagnóstico veio aos três aninhos de idade, quando criança não gostava de se interagir e brincava sempre sozinho e mantinha certos movimentos repetitivos. Porém, a medida que crescia e seu excelente acompanhamento pelo instituto de autismo da sua região ele se desenvolveu de uma maneira incrível. Hoje eu o considero um menino falante, carinhoso, e muito consciente de tudo que acontece em volta dele, tem opiniões próprias muito concisas e sabe expressa-las. Sofreu perdas materna e outras afetivas, nessa pequena idade e já carrega alguns traumas, no entanto, fico muito impressionada com  seu amadurecimento comportamentais, uma criança totalmente amadurecida.

 Sempre o ouço repetindo a frase: " preciso ser forte para ajudar os que estão fracos"  

Eu penso 'Meus Deus ele só tem 11 anos', e ainda é autista, como ele consegue ser tão incrível! 

Imagem de Maria de Nazaré Ramalho de Oliveira Amorim
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Maria de Nazaré Ramalho de Oliveira Amorim - quarta, 14 out 2020, 23:27
 

Nas muitas leituras de como conviver e melhor se relacionar com alunos com Expectro autista, gostei muito desta: 

De acordo com o mais recente Censo Escolar divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil registrou, no intervalo de um ano, aumento de 37,27% no número de alunos com transtorno do espectro autista (TEA) matriculados em classes comuns. São 105.842 crianças e adolescentes com autismo estudando em escolas regulares – números de 2018. É um cenário considerado positivo do ponto de vista da educação inclusiva, mas que envolve o desafio de garantir uma aprendizagem significativa ao aluno com TEA, principalmente ao professor, que precisa repensar métodos e adquirir novas habilidades para desenvolver aulas inclusivas.

Uma situação comum entre professores que recebem pela primeira vez em sala de aula um aluno diagnosticado com TEA é a sensação de não estarem preparados para essa nova situação. De acordo com Jocimara Chiarello Rocha, psicóloga e professora do curso de Psicologia da FAE Centro Universitário, nesses casos, é importante o professor tentar conhecer o aluno, pois cada criança com TEA apresenta aspectos e comportamentos diferentes.

“É importante conhecer este aluno, entrar em contato com a família, com os profissionais externos que o atendem. Dado que o professor não tem um conhecimento maior das dificuldades e da maneira como esse aluno se comporta, é importante conhecer sobre o transtorno. Então, deve-se procurar bibliografia relativa ao assunto, buscar uma formação, uma pós-graduação, um contato com profissionais que já conheçam os desafios que esse transtorno pode acarretar em sala de aula. Além da formação, os profissionais da própria escola também podem auxiliar”, explica Jocimara.

Como identificar um aluno com TEA

É na escola, assim como na família, que os sintomas e as características do transtorno do espectro autista se mostram, por isso a escola é fundamental no registro desses comportamentos para serem reportados aos profissionais de avaliação. Contudo, a psicóloga e coordenadora do curso de pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista: Aspectos Clínicos e Educacionais da FAE Business School, Giovanna Beatriz Kalva Medina, alerta que não cabe à escola fazer um diagnóstico de nenhum transtorno ou atraso, “essa é função do médico neuropediatra a partir de uma avaliação multiprofissional com a participação de psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo. Aos professores, cabem a descrição dos comportamentos e a elaboração de estratégias para o ensino desse e dos demais alunos”.

Sinais do autismo
A relação interpessoal, manifestada por demonstração de afeto, como o abraço, por exemplo, pode ser difícil para pessoas com autismo em função da hipersensibilidade corporal, no entanto Giovanna reforça que este não é o único critério, pois alguns autistas são afetivos, gostam de beijar e abraçar, como outras crianças. Outros sinais que podem ajudar a identificar crianças e adolescentes com autismo são:

  • atraso na fala em comparação a outras crianças da mesma faixa etária;
  • interesses restritos a determinadas coisas como gostar em excesso de certo brinquedo de forma a ficar significativamente chateado caso fique sem;
  • balançar o corpo do mesmo jeito por longo período, ou balançar as mãos, ou objetos;
  • hipersensibilidade a sons, toque, luzes ou sabores;
  • dificuldade em ficar em lugares barulhentos ou dificuldade com a textura de materiais, como massinha, ou algo áspero.
Antes e depois do diagnóstico
A mera desconfiança de que a criança possa ser autista normalmente gera ansiedade tanto na família quanto nos professores que convivem com ela. Por isso, Giovanna defende que, diante dos primeiros sinais, os professores comecem a pensar em estratégias para ensinar a criança. “Não se pode esperar o diagnóstico, que às vezes demora. A criança não pode perder tempo, pois a infância é um momento decisivo para o desenvolvimento do indivíduo, necessitando de muita estimulação”.

Após a confirmação do diagnóstico de autismo, o encaminhamento pedagógico pode ser facilitado para essa criança, pois ajuda o professor a direcionar as melhores estratégias em sala de aula. Giovanna lembra que as pessoas com autismo, por exemplo, aprendem melhor visualmente por meio de imagens e vídeos, sendo tais recursos riquíssimos por facilitarem a comunicação com a pessoa com autismo. “É importante destacar que o diagnóstico não pode limitar um indivíduo. Por isso, precisamos entender que o portador de TEA é, primeiramente, uma pessoa, com anseios, interesses e potencialidades como todos os indivíduos, necessitando de oportunidades que o conduzam à sua realização pessoal, educacional e profissional”, esclarece a especialista.

Dicas para uma aula inclusiva
De acordo com a psicóloga, doutora em Educação e professora Maria de Fátima Minetto, a inclusão faz parte da legislação brasileira e abrange a educação, “sendo assim, todo professor, independentemente de ter feito alguma especialização na área ou ainda precisar fazê-la, deve se preparar para esse processo”. A partir dessa necessidade, a professora Maria de Fátima, que também coordena o projeto de pesquisas na área da educação e das deficiências PraCriança da UFPR, destaca cinco dicas para uma aula inclusiva:
  • Acreditar que você pode fazer algo por esse aluno. Muitas vezes, o professor pensa que, devido ao fato de o aluno ter uma deficiência, o processo de desenvolvimento de aprendizagem não vai acontecer ou, de alguma forma, ele não é capaz para isso. Todas as crianças estão em desenvolvimento e têm potencial de aprendizagem e, no caso do autismo, não é diferente. Mesmo sabendo que há diferenças entre um aluno com autismo e outro, todos eles podem aprender.
  • Planejamento. A partir do momento em que o professor já sabe um pouco do que o aluno com TEA precisa, é necessário desenvolver estratégias de ação. É muito importante o trabalho em equipe, mesmo que a escola ainda não tenha um departamento especializado que possa ajudar. Nesse caso, o próprio professor tem que buscar sua rede de apoio para esse planejamento, que consiste em: ouvir a família, que sabe muitas coisas da criança; os terapeutas que atendem a criança, os quais podem contribuir com informações; e outros professores da própria escola, que já tiveram em sua turma alguma criança com autismo. Então, elaborar o planejamento vai ajudar muito no desenvolvimento dessas tarefas, pois o professor se organiza a curto, médio e longo prazo.
  • Persistir na estratégia. Este é um passo importante: saber que a estratégia nem sempre vai dar certo e será necessário descobrir como tudo funciona. Muitas vezes, diante da primeira resistência da criança ou da primeira dificuldade que aparece, o professor desiste de uma atividade ou de um processo que foi planejado. Sendo assim, é preciso dar um tempo para as coisas acontecerem, insistir um pouco mais. Não se consegue tirar a fralda de uma criança apenas em uma semana, são necessários alguns meses para que a criança entenda aquilo. Então, o que se percebe é que muitas vezes o professor começa uma técnica, mas desiste; começa outra coisa, desiste. Não persiste por um tempo. É muito importante planejar e, a partir disso, ter persistência na ideia até verificar os resultados.
  • Flexibilidade e criatividade. Com frequência, passam-se quatro, seis meses e o professor percebe que a estratégia adotada não está ajudando o aluno com autismo e, além disso, está causando uma desorganização na sala de aula. Então, trocar a técnica e entender até que ponto o professor está confortável é muito importante. Parar e pensar: o que pode estar acontecendo para que tenhamos pouco resultado? Nesse momento, precisamos ter criatividade, mudar algo, flexibilizar a forma como estamos trabalhando, lembrando sempre que, quando se fala em deficiências, a flexibilização e a adaptação do currículo são fundamentais.
  • Identificar e absorver os progressos na Educação. Muitas vezes, desejamos a perfeição em nossos resultados pedagógicos, mas a verdade é que na educação especial e no ensino inclusivo isso não vai acontecer, porque não é sobre perfeição, mas sobre progressos. É fundamental identificar em quais áreas da educação desenvolveram-se novas técnicas, abordagens e estratégias, pois isso vai ajudar o professor nos próximos planejamentos pedagógicos. Pensar em inclusão envolve todos esses pontos, esse enfrentamento de uma mudança de ação diante da criança cujo desenvolvimento é diferente.
Esse conteúdo foi publicado no Carreira e Futuro, do G1 Paraná.

Imagem: Shutterstock

Imagem de Elienai Moraes Barbosa
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Elienai Moraes Barbosa - terça, 20 out 2020, 14:51
 
BOA TARDE, COLEGAS!

Antes de tudo, gostaria de expressar que gostei bastante do texto intitulado “Transtorno do Espectro Autista em um Contexto Inclusivo”, de Adriana Mendes Bastos! Ele provavelmente se antecipa a várias dúvidas importantes que nós, professores, temos.

Quanto ao questionamento do presente fórum sobre como devo "agir diante de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista", minha opinião é a de que:

• Considerando que a dificuldade de interação é uma das características principais das pessoas com TEA, penso que, entre as primeiras intervenções a serem realizadas, encontra-se a de o professor esforçar-se por principiar uma relação de confiança com esse aluno. Afinal, sem esse caminho basilar, imagino que se torne difícil desenvolver ações ligadas às atribuições do professor e do maior interesse desse aluno. A propósito disso, recordo o filme “Código para o Inferno” (1998), no qual o agente do FBI Art Jeffries (Bruce Willis) precisa proteger Simon Lynch (Miko Hughes) das garras de pessoas perigosas. Trata-se uma criança autista que acidentalmente descobriu um código de segurança dos sistemas do governo, e agora a sua vida está em perigo. No meu ponto de vista, um dos pontos principais que precisou ser trabalhado entre esses personagens, a fim de que a missão pudesse ser cumprida, foi a criação, por parte do agente, de fios de confiança da criança nele, Art Jeffries.

Além disso, temos de ter o cuidado de, entre outras coisas:

•  Na comunicação com ela, devemos utilizar uma linguagem referencial ou denotativa, visto que as pessoas com TEA têm “dificuldade em compreender metáforas, palavras e expressões com duplo sentido, piadas e ironias”, conforme nos ensina Adriana Mendes Bastos;

• É interessante tentar conhecer os assuntos que estão no seu campo de interesse tanto quanto coisas que lhes causam aversão, a fim de se ter uma porta para interação com ela, para um bom relacionamento.

Abraços a todos!
Imagem de Themis Corrêa Veras de Lima
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Themis Corrêa Veras de Lima - quinta, 22 out 2020, 15:15
 

Boa tarde.

Realmente bastante interessante o texto intitulado “Transtorno do Espectro Autista em um Contexto Inclusivo”, de Adriana Mendes Bastos!

O que chamou muito a atenção, além de outros pontos, foi o que fala sobre o abraço, porque eu tenho costume de abraçar as pessoas, gosto de abraçar e de ser abraçada, porém quanto às pessoas com  Transtorno do Espectro Autista eles devem ser preparados primeiros para receber um abraço.

Imagem de Caroline Maria Costa Barros
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Caroline Maria Costa Barros - quinta, 15 out 2020, 09:39
 

Primeiramente,  gostaria de parabenizar a apostila desse módulo.  Ela é uma das mais completas e com informações essenciais sobre a temática. 

Acerca do questionamento sobre tratamento do aluno com TEA, como professora, posso dizer que nosso papel é ampliar a visão de mundo dele e buscar integrá-lo aos demais, visando seu bem estar e desenvolvimento. 

Buscaria investigar qual o nível de TEA ele está ( se leve, moderado ou avançado), pq os cuidados e metodologias serão adaptadas a isso. Falaria com ele de modo claro, com informações diretas, sempre buscando incluí-lo com os demais alunos da turma, se isso lhe for agradável. 

Acredito que com o apoio dos profissionais de educação inclusiva e  com as técnicas pedagógicas corretas, o desenvolvimento do aluno com TEA será muito bom. Como diz no texto, um privilégio para nós docentes poder ter contato e ter outra visão da pessoa com TEA. 

Imagem de Fabio Luis Diniz de Magalhães
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Fabio Luis Diniz de Magalhães - sexta, 16 out 2020, 10:12
 

Ao receber um aluno com transtorno do espectro autista em nossa biblioteca, tomaremos o cuidado de cumprimentá-lo evitando o toque e falando baixo, mas sem deixar de demonstrar simpatia e acolhimento, pedindo a ele que fique à vontade para frequentar o espaço, dizendo a ele que pode escolher onde quer ficar e que pode nos chamar sempre que precisar de alguma coisa.

Após sentir que ele está ambientado na biblioteca, nos aproximaremos do usuário autista, tentando identificar do que ele gosta para que possamos tentar o início de um diálogo e poder apresentar a ele os recursos informacionais e pedagógicos que temos disponíveis na biblioteca e que trazem as informações que lhe interessam.

Identificados os assuntos de seu interesse faremos a seleção dos materiais, que sejam do seu interesse, dando preferência as obras que tragam bastante ilustrações e se possível mangás, animes, revistas em quadrinhos e revistas com muitas imagens. Caso não tenhamos os recursos informacionais que sejam do seu interesse na biblioteca, tentar identificar na rede mundial de computadores as informações que sejam do seu interesse e já trabalhar na seleção e aquisição dos recursos informacionais necessários ao seu atendimento.

Com a intenção de conquistar o discente com TEA, avaliaremos a possibilidade de construir o seu cantinho na biblioteca, devendo este espaço ser silencioso, com iluminação discreta e suficiente apenas para a leitura e visualização dos recursos que serão disponibilizados a ele. Este espaço deverá ser aconchegante, confortável, permitir que ele possa se sentir seguro e se for da sua vontade, manter-se distante das pessoas, que por ventura a presença venha a incomodá-lo. 

Imagem de Geisa Cavalcante Carbone Sato
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Geisa Cavalcante Carbone Sato - sexta, 16 out 2020, 13:51
 

Cada um tem "um jeito todo próprio de ser" e precisamos realmente conhece-los de verdade para de fato entende-los. a partir do momento em que temos a informação deixamos a "ignorância de lado" e passamos a compreender esse mundo particular de cada um deles, e com isso aprendermos um pouquinho mais também desse mundo.

Imagem de Carlos Alexandre Santana Oliveira
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Carlos Alexandre Santana Oliveira - segunda, 19 out 2020, 14:29
 

Boa tarde,

O material de estudo da disciplina sugere que para manter uma boa relação com uma pessoa que apresente TEA é necessário conhecer as suas preferências e aversões e investir no vínculo, pois elas são pessoas afetivas, gostam de ter amigos e buscam contato com pessoas que lhes ofereçam maior segurança e tranquilidade. Portanto, cabe ao professor estabelecer a relação de vínculo e considerar que no processo é necessário o conhecimento da individualidade e o uso de estratégias e recursos de ensino apropriados no atendimento do aluno com TEA.


Imagem de Telma Adriana Souza Lobato
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Telma Adriana Souza Lobato - segunda, 19 out 2020, 16:40
 
Creio que o conhecimento seja uma arma poderosa contra preconceitos de todas as espécies.

Ao buscar conhecimento sobre o tema, nossos olhares se ampliam e começamos a pensar fora da caixa.

É necessário que a vontade de entender o próximo esteja presente para que o caminho da empatia seja trilhado.

Não tive contato com pessoas com TEA no trabalho ainda, mas tenho contato familiar com meu sobrinho. Realmente não é fácil a compreensão da família. Ainda estamos carregados do estigma de que tudo é "birra" e "tolice" de criança.

Ao ter contato com pessoas com TEA:

- Cumprimentar normalmente, sem tocá-la. Para isso, pergunte a própria pessoa ou aos pais se pode cumprimentá-la com aperto de mão. 

- Continuar conversando mesmo que ela não esteja olhando para mim, pois ela sabe que estou ali, só evita contato visual.

- Evitar metáforas e ser direto, sempre procurando interagir a partir do assunto que a pessoa mais gosta.



Erislane
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Erislane Padilha Santana - segunda, 19 out 2020, 17:20
 

Eu não tenho contato com TEA no trabalho, mas com o filho de uma amiga, ele gosta sempre de está no alto, não verbaliza e tem comportamento inapropriado devido o ambiente, ele se joga no chão, grita...  Em um passeio na praça ele teve esses comportamentos e as pessoas ficavam olhando e teve um rapaz que fez um comentário infeliz: Se fosse meu filho levaria uma palmada para acabar com a tolice. 



Imagem de Daniel Santos Barbosa
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Daniel Santos Barbosa - quinta, 22 out 2020, 21:32
 

Gostei de sua colocação, nunca tive contato em sala de aula com um aluno TEA, no entanto, tenho 3 familiares com TEA, e pela convivência consegui perceber características particulares deles no texto lido.

Creio que é de extrema importância que nas escolas ocorressem capacitação com a presente temática, para que houvesse o enriquecimento do conhecimento de mundo dos docentes em relação ao tema   

Erislane
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Erislane Padilha Santana - segunda, 19 out 2020, 16:45
 

Boa tarde, algumas considerações de como devemos agir diante de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista:

Usar linguagem direta e objetiva, falar com naturalidade. Não toque na pessoa com autismo se não for necessário, devido as questões sensoriais. Evite ironia, piadas, expressões com duplo sentido, pois a interpretação é feita de forma literal. Deixá-lo caminhar livremente para se acalmar, oferecendo ajuda e apoio quando necessário.




Imagem de Darlan de Sousa Silva
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Darlan de Sousa Silva - segunda, 19 out 2020, 19:59
 

Estudos apontam o quão mais novo e rápido ser diagnosticado o indivíduo com transtorno do espectro autista mas cedo pode se iniciar as intervenções de terapia, que ajudam e desenvolvem as integrações sensoriais, os estímulos sociais e TOC’s que normalmente acompanham o TEA. Chegando a reduzir e proporcionar uma vida quase “normal”. Ao se deparar e conviver com TEA, tanto no âmbito familiar quanto educacional, devemos ter certos cuidados para não ocasionar traumas ou despertar estereotipias. O contato inicial é muito importante para que se possa identificar qual a melhor maneira de se abordar a pessoa com TEA.
Em minha própria experiência, com minha afilhada de 3 anos, posso identificar que ela tem aversão ao toque, tentando sempre chamar sua atenção para as didáticas pedagógicas com sons e instrumentos no qual ela tem interesse, já que o contato visual é bem escasso, prefiro abordar o método de aplicativos tecnológicas inclusivos, como aplicativos de vídeo para estimular o aprendizado das letras, percebo que possui dificuldade de concentração, então os métodos de ensino precisam sempre ser alternados para que a atenção esteja focada.
No mais, os autistas possuem alta concentração no que lhe interessam, possuindo habilidades de aprendizagem acelerada quando se utiliza instrumentos que facilitam seu entendimento do mundo ao redor.


Imagem de Marcione de Souza Barbosa
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Marcione de Souza Barbosa - terça, 20 out 2020, 14:55
 

É importante lembrar que cada pessoa com TEA tem uma forma diferente de ser. Por essa razão é preciso ter cuidado no primeiro contato, pois só com o convívio ou com orientação da família saberemos as suas peculiaridades. Mas em todo caso, é importante lhe dar a devida atenção, sendo claro e objetivo nas informações, não utilizar de ironias, ou piadas, pois geralmente as informações são entendidas de forma literal. Evitar tocar sem antes avisar, lhe dá espaço para se expressar. Ser paciente com seu modo de ser e de reagir aos estímulos. E insistir em fazer um vínculo de amizade, pois sabemos que costumam ter dificuldade nas relações interpessoais, mas gostam de ter amigos

Imagem de André Adriano Brun
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por André Adriano Brun - terça, 20 out 2020, 15:24
 

Boa tarde, colegas,


Optei por fazer um relato de experiência, que pode se parecer muito ao de alguns colegas do campus Macapá:

Ao longo da minha trajetória docente, no IFAP, tive a oportunidade de conviver com alguns alunos com Transtorno do Espectro Autista. Dois deles, em anos pregressos (2014 e 2018) e um, este ano (2020), atípico, interrompido ainda no 1º bimestre, em função da pandemia.

Os alunos de 2014 e 2018 tinham uma capacidade cognitiva e uma articulação de ideias muito acima da média. Faziam excelentes e admiráveis contribuições orais durante minhas explicações, enriquecendo-as sobremaneira, apesar de fazê-las do seu jeito, ou seja, muito rapidamente e sem uma dicção perfeita. Às vezes pedia para repetirem, para captar melhor o que queriam dizer em virtude disso, mas era possível entendê-los bem. Sempre davam gancho pra eu apresentar mais um exemplo ou faziam uma observação importante que servia para eu chamar a atenção da turma para algo pertinente. Seu vocabulário era requintado, com palavras pouco usuais para alunos da sua série. Algumas até para adultos. Sua escrita não era muito legível, no entanto. Com nenhum dos dois, precisei fazer grandes adaptações, pois participavam das atividades individuais e coletivas. Eles faziam anotações e respondiam tudo no bloco de notas do celular, sendo bastante tecnológicos. Parecia que não estavam de corpo presente na aula, mas estavam muito presentes, pois do nada, quando menos se esperava, interrompiam para dizer algo e algo com qualidade. Um deles, em particular, tinha um comportamento atípico (pouco usual), pois levantava abruptamente, às vezes no meio de uma explicação, e se dirigia para a lixeira da sala e soltava uma cusparada ou catarrada ruidosa, mas a turma não ria dele, pois havia sido conscientizada pelo Napne acerca das suas especificidades. Aliás, os colegas eram bem parceiros e os incluíam nos trabalhos em grupo. Eu adorei ter convivido com eles e guardo-os na minha lembrança até hoje.

O aluno deste ano é o oposto aos dois anteriores. O que é normal, pois como vimos no texto lido nesta disciplina, cada caso é um caso e requer uma abordagem e um acompanhamento específico. Ele praticamente não escreve, não faz exercícios, faz colocações orais bem difíceis de compreender, quase ininteligíveis. Diz que não gosta do curso e de estudar. Que quer ser piloto de Fórmula 1 e, por isso, não sabe por que está estudando as coisas que está estudando (em todas as matérias), pois para ser piloto não precisará disso. Estou ainda aprendendo a interagir com ele. Precisarei de mais suporte do Napne (e certamente buscarei, no retorno às aulas), pois as adaptações necessárias são muitas e grandes, e, inclusive, creio que precisará de reforço complementar às aulas, pois seu rendimento é bastante baixo e lento, se comparado ao dos outros alunos. Precisarei melhor adaptar os exercícios, as próximas avaliações, dar mais tempo para realizá-las, dentre outras coisas. Está sendo um desafio grande, mas é gratificante, pois está me dando a oportunidade de rever minhas metodologias e conceitos, e, por isso, sou grato por ele ter atravessado meu caminho também. De todas as situações podemos tirar aprendizados, não é verdade?

 

Abraços,


Imagem de Vera Lucia Silva de Souza Nobre
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Vera Lucia Silva de Souza Nobre - terça, 20 out 2020, 21:18
 
A pessoa que possui o Transtorno do Espectro Autista, sente dificuldade de se integrar na sociedade devido “o transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal” consegue visualizar o mundo do seu jeito, da sua forma, processa as informações de acordo com sua individualidade. A pessoa com autismo tem dificuldades para se comunicar, tem medos, fica desconfortável diante do novo, prefere a segurança da rotina, até mesmo uma nova rotina pode influenciar seu comportamento, aumentando sua ansiedade, leva-os a tentar uma desesperada comunicação, a reagir de diferentes maneiras, através de gritos, choro, agitação. Nesse processo, precisamos orientar a pessoa com TEA, e cuidar de sua rotina. Não temos nenhum caso de autismo no Campus Laranjal do Jari, mas para se trabalhar com uma pessoa com TEA, temos que conhecer sua rotina e estreitar a conivência com seus familiares.
Imagem de Adalso Costa da Silva
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Adalso Costa da Silva - quinta, 29 out 2020, 12:56
 

Devido ao processo de inclusão, houve um crescimento do número de alunos com autismo nos ambientes escolares, as Instituições educacionais tiveram de fazr adequações no ambientes escolares para receber os referidos alunos. Permitindo aos alunos com TEA interação social, cultura, afetividade, etc... 

A pessoa com Autismo se organiza de forma diferente, segue sequências diferentes, se comporta em alguns momentos diferente do padrão, mas isso não significa dizer que não tem habilidades para conviver e agir dentro do padrão que a sociedade definiu como: "padrão normal", pois o normal para o TEA é o que estar dentro do seu espectro. Isto é , a comunicação verbal e não verbal” consegue visualizar o mundo do seu jeito, da sua forma, processa as informações de acordo com sua individualidade. A pessoa com autismo tem dificuldades para se comunicar, tem medos, fica desconfortável diante do novo, prefere a segurança da rotina, até mesmo uma nova rotina pode influenciar seu comportamento, aumentando sua ansiedade, leva-os a tentar uma desesperada comunicação, a reagir de diferentes maneiras, através de gritos, choro, agitação.

Imagem de Anilda Carmen da Silva Jardim
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Anilda Carmen da Silva Jardim - terça, 20 out 2020, 23:46
 

Vivenciar essa experiência com aluno que possui Transtorno do Espectro Autista é desafiador, tanto para o educador que está em sala de aula, como para nós técnicos, que convivemos com esse público na instituição. No primeiro momento pode nos causar um certo impacto, pelo fato de ser algo novo e desconhecido. Mas o professor, através da sua competência e sua prática, buscará os caminhos mais adequados para atender esse aluno, com todas as suas peculiaridades e potencialidades.

Contudo, será necessário conhecer o nível de gravidade do transtorno e as características apresentadas pelo aluno, dependendo do caso, será necessário buscar apoio pedagógico especializado e suporte adequado.  Além disso, é importante que o professor observe o aluno, avalie suas preferências, aversões, para identificar quais as estratégias de ensino, estímulos visuais, recursos pedagógicos e materiais concretos são mais apropriados para o educando.

Após esse diagnóstico, o professor poderá fazer seu planejamento pedagógico individualizado e adequado, com objetivos claros e possíveis de serem alcançados e acreditar na capacidade de aprender de seu aluno, valorizando suas potencialidades. É importante que o professor ou o técnico prepare as pessoas com quem o aluno tem contato, funcionários e equipe de apoio para que saibam agir em situações de imprevisibilidade. Dessa forma, estará contribuindo para oferecer um ambiente favorável e acolhedor para o educando, ajudando-o a melhorar a qualidade das suas interações sociais e favorecendo a sua aprendizagem.


Imagem de Márcia Cristina da Conceição Santos Oliveira
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Márcia Cristina da Conceição Santos Oliveira - quarta, 21 out 2020, 07:23
 

Hoje muitos mitos são quebrados sobre o autista, graças a ampla divulgação, a sociedade é mais conhecedora de quem é a pessoa com autismo, isso reflete no modo como a tratamos e o respeito que elas merecem, porém, TEA ainda continua sendo um desafio para os professores. Muitas perguntas permeiam o dia a dia do docente que tem em sala um aluno autista: como ele vai aprender minha disciplina? Que metodologia utilizar? Ele vai ser acompanhado em sala por um professor do AEE? E a família participa desse processo? Etc. Vale ressaltar que cada autista é um mundo a se conhecer, um caso difere sempre do outro, conhecer o aluno e sua experiência de vida pode ser ainda a arma mais poderosa, a aproximação com a família do aluno pode trazer grandes contribuições para o processo ensino e aprendizagem do mesmo. Pessoas com Autismo tem uma capacidade muito grande de aprender, são inteligentes e normalmente são muito bons em determinadas áreas do conhecimento. O professor precisa sempre estar atento para promover em sua aula um ambiente favorável à inclusão e buscar metodologias práticas e linguagem diretiva ao aluno, dessa forma vamos quebrando os paradigmas a cerca do autismo.

Imagem de Tatiani da Silva Cardoso
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Tatiani da Silva Cardoso - quarta, 21 out 2020, 11:51
 

Diante do crescente números de alunos com autismo nos ambientes escolares, os mesmos necessitam fazer adequações para receber os referidos alunos. Permitindo a troca de experiências, assim como proporcionar aos alunos com TEA interação social, cultura, afetividade, etc... 

A pessoa com autismo se organiza de forma diferente, segue sequências diferentes, se comporta em alguns momentos diferente do padrão, mas isso não significa dizer que não tem habilidades para conviver e agir dentro do padrão que a sociedade definiu como: "padrão normal", pois o normal para o TEA é o que estar dentro do seu espectro. Assim, é fundamental entendermos o significado da palavra ESPECTRO. Só assim, poderemos compreender o autismo sem barreiras, sem pensar somente nas suas limitações. Pensar que eles (autistas) possuem capacidades, habilidades, cognição como qualquer outra pessoa. 

Imagem de Darlene Socorro Del-Tetto Minervino
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Darlene Socorro Del-Tetto Minervino - quarta, 21 out 2020, 11:59
 

Olá colegas,

Entende-se que toda criança com transtorno de aspectro autista apresenta dificuldade com a interação, comportamento e comunicação. Isso nos remete a entender que não há uma receita pronta que direcione com exatidão ensinar crianças e adolescentes com TEA. No entanto, ao se falar de inclusão dessas crianças e adolescentes requer uma mudança no modo como a escola pensa e faz educação. A esse respeito, ao falar de inclusão do aluno com TEA muitas dúvidas ainda estão presentes para professores, pois há uma especificidade para a inclusão de crianças com Espectro Autista na escola regular, isto é, faz-se necessária a avaliação da gravidade atual da manifestação do transtorno no aluno e, assim, poder planejar e direcionar uma ação pedagógica, pois, cada caso é diferente e se manifesta de maneira diferente dependendo do grau em cada um. Isso significa dizer que, o autismo não é exclusivamente “um problema de saúde ou dos pais”, também é um problema da escola e educadores. O atendimento multidisciplinar e integrado é importante para que as atividades sejam interligadas fortalecendo as práticas educacionais para a inclusão desses alunos. Assim, fecho a reflexão colocando essa citação de que vi numa cartilha sobre inclusão educacional para alunos com TEA que diz:

“De quem é a responsabilidade de incluir pessoas com deficiência no ambiente escolar? Pais, professores, direção, coordenação, equipe de limpeza, merendeiras, inspetores e demais administrativos da escola, ou seja, todos que fazem parte da rotina escolar deverão assumir essa responsabilidade, por isso, é importante destacar novamente, que conhecer as características do estudante incluindo suas habilidades e limitações será um fator decisivo, para que todos possam contribuir verdadeiramente nesse processo.”


Imagem de Katsumi Letra Sanada
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Katsumi Letra Sanada - quarta, 21 out 2020, 18:04
 

Com avanços da formação continuada perceptivos na educação especial, não torna estranho utilizar-se caminhos assistivas para um processo de ensino e aprendizagem em alunos com TEA. Valores de contribuição didáticos pedagógicos dependem muito da própria condição do aluno em seu processo de aceitação e adaptação dos recursos assim dado pelo seu interesse no desenvolvimento cognitivo sensorial, vale ressaltar que, é importante reconhecer a potencialidade dessas pessoas com TEA, pois nela que quantificamos uma visão de aprendizagem diagnosticada em seu processo de socialização com a razão comum para a estima igualdade. A base de experiência minha docente, está na fase do preparo e aceitação das boas práticas motoras e imagem que alinhe a aproximação de interesse do aluno com TEA bem como, matérias flexíveis que atendesse sua especificação e necessidade especial.        


Imagem de Robson Marinho Alves
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Robson Marinho Alves - quarta, 21 out 2020, 22:59
 

As pessoas que nascem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), dependendo da gravidade do transtorno, são capazes de realizar todo tipo de tarefas na sociedade: ter autonomia, estudar, trabalhar, ter relacionamentos pessoais, entrar no mercado de trabalho, porém, com peculiaridades no comportamento que podem parecer estranhas, num primeiro momento. Mas com respeito, educação e conhecimento, o mundo desses indivíduos pode se tornar mais confortável e livre de preconceitos.

Tanto a pessoa autista quanto sua família e cuidadores necessitam que todos nós tenhamos empatia, respeitando o tempo e o espaço de cada um. Nem sempre é possível reconhecer, já de cara, quem é autista e quem não é. Pois há um fato comumente ignorado e que deve sempre ser lembrado: autismo não é doença. Aliás, tratá-lo assim pode configurar uma ofensa à pessoa que nasceu com TEA, e também à sua família.


Imagem de Themis Corrêa Veras de Lima
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Themis Corrêa Veras de Lima - quinta, 22 out 2020, 15:41
 

Boa tarde.

Concordo com você na sua fala "Nem sempre é possível reconhecer, já de cara, quem é autista e quem não é".

É com o convívio, com a observação não para julgamento, mas para entendimento, para nos reconstruir dia a dia, para continuar fazendo o que gosta mas proporcionar satisfação àqueles que por nós são assistidos. Só assim teremos o privilégio de conhecer mais de perto pessoas com TEA.

Um versículo que quero compartilhar com todos, que cabe a nós docentes, e que abrange todas as especificidades de alunos:  "Fala com sabedoria e ensina com amor" (Provérbios 31.26).


Imagem de Ana Claudia Figueiredo Martins Penha
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Ana Claudia Figueiredo Martins Penha - quinta, 22 out 2020, 00:09
 

Num primeiro contato é possível que fiquemos um pouco inseguros quanto a forma de agir, pois cada pessoa tem características diferenciadas, as quais é importante buscarmos conhecer. É importante sempre tratar com respeito, agir com naturalidade, utilizar palavras claras e objetivas. Não utilizar palavras pejorativas ou irônicas, jamais usar a expressão “ele tem um probleminha”. As pessoas com TEA podem apresentar alguns comportamentos que podem ser vistos como inapropriados, podem se desorganizar em lugares públicos, se isso acontecer não ficar olhando, cochichando, comentado, jamais fazer comparações, jamais utilizar o termo de forma depreciativa.





Imagem de Valneres Rodrigues de Lima
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Valneres Rodrigues de Lima - quinta, 22 out 2020, 11:54
 

Bom dia a todos!

Conhecer o aluno que tem o TEA muito contribuirá para que a escola possa desenvolver um trabalho que venha oferecer atividades de inclusão, por meio de metodologias e práticas que possam atender a necessidade do aluno, pois, embora o aluno tenha um laudo, é necessário também saber como é a relação familiar desse aluno e suas reações com o outro, para então planejar ações que possam diminuir as barreiras que muito tem contribuído para a exclusão. É importante considerar que o aluno com TEA desenvolve seu pensamento crítico com muita facilidade e que ele é capaz de aprender como os demais alunos, e que isso depende das possibilidades oferecidas e o sentimento que o mesmo terá sobre o que lhe é oferecido e vivido no espaço social, escolar e familiar, pois as condições como técnicas, dinâmicas , metodologias e qualquer procedimento educacional  nortearão o desempenho do aluno e tudo isso será o reflexo do que foi ou não oferecido. Diante disso, o fazer pedagógico tem uma responsabilidade e esta exige que, enquanto professor estejamos preparados para nos apropriar e  aprimorar nosso fazer pedagógico, de forma que venha atender as necessidades e oferecer possibilidades de avanços diante dos desafios educacionais.


Imagem de Alexandre Rufino Cunha
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Alexandre Rufino Cunha - quinta, 22 out 2020, 14:23
 

– para conversar com a criança, o professor deve usar frases curtas e ser objetivo;

– para orientá-la, é importante que o professor não adote frases que tenham duplo sentido ou metáforas;

– para estimulá-la, o professor deve explicar antecipadamente as atividades que acontecerão na aula;

– para criar um ambiente seguro, do ponto de vista do autista, o professor precisa explicitar (também com antecedência) o objetivo das tarefas que lhe são propostas;

– para interagir com a criança, é preciso ter paciência para esperar que ela processe a informação dada e estruture uma resposta e, posteriormente, a verbalize.

– para tranquilizá-la em aula, criar rotinas previsíveis e estruturadas é essencial;

– para ajudá-la a entender as rotinas das aulas, o professor pode criar estímulos por meio de recursos visuais que a ajudarão na identificação dos processos de aprendizagem;

– para motivá-la a conviver com outras crianças, incentive-a a chamá-las pelo nome para que elas façam parte, também, do espaço seguro dela;

– para demonstrar à criança os avanços durante as aulas, elogie-a como reforço positivo para as orientações que ela seguiu, auxiliando na definição de comportamentos saudáveis;

– para criar ambientes saudáveis, o professor deve estabelecer objetivos que a criança consiga alcançar com facilidade;

– para evitar comportamentos agressivos, o professor deve se manter atento para estímulos sonoros constantes, pois eles são incômodos para o autista;

– para estimular o desenvolvimento motor dela, jogos em que há interação com outras crianças (como jogar a bola uma para a outra) são importantes e podem ajudá-la, também, no desenvolvimento das habilidades sociais.


Imagem de Edileuza Nunes Figueira
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Edileuza Nunes Figueira - quinta, 22 out 2020, 15:06
 

É desafiador e gratificante conviver com o aluno autista, porque a relação de ensino aprendizagem ocorre de  forma reciproca. É importante contemplar a funcionalidade do material adaptado e as condições individuais de cada aluno, verificando o estilo de aprendizagem; observar os aspectos motor, emocional, social, de comunicação e linguagem do aluno, valorizar as habilidades, propondo atividades a partir do seu interesse, despertando a motivação, fortalecendo os vínculos afetivos e estimulando o convívio com os colegas. Os alunos com TEA são inteligentes e dedicados no que fazem, é fundamental conhecer a história de vida desses alunos, e buscar parceria com a família que é fundamental para sucesso e bom desenvolvimento deles. 

Imagem de Themis Corrêa Veras de Lima
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Themis Corrêa Veras de Lima - quinta, 22 out 2020, 15:02
 

Eu já tive um aluno autista, na época ele tinha 16 anos e estava matriculado no oitavo ano do Ensino Fundamental. Bom, o que quero destacar não são os acontecimentos do dia a dia em sala de aula, mas a participação deste aluno na apresentação em homenagem ao Dia das Mães, pelo fato do barulho da música, a estratégia foi colocá-lo durante o ensaio próximo ao seu colega de sala, com quem mais ele demonstrava se sentir seguro, só teve 2 ensaios e no dia da apresentação ele fez tudo direitinho. 

Imagem de Leandro Luiz da Silva
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Leandro Luiz da Silva - quinta, 22 out 2020, 18:22
 
Penso que uma das nossas maiores oportunidades de crescimento é justamente questionar nossa concepção de normalidade. Diversidade e heterogeneidade, são e sempre foram a norma. Mais uma vez somos chamados a exercitar nossa sensibilidade e a mergulhar em universos singulares—e como bem diz o texto, descobrir mundos apaixonantes. Somos mais uma vez lembrados do nosso papel para a formação de vínculos, das mais diversas naturezas. E finalmente, alertados sobre a importância da disponibilidade interna: para por à prova nossos recursos e nossas habilidades e, na compreensão do real significado do que é diversidade, aceitarmos que precisaremos sempre buscar e construir as respostas.
AndreFreire
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Andre Luiz da Silva Freire - quinta, 22 out 2020, 20:00
 

É importante que antes do primeiro contato, o professor tenha conhecimentos sobre o Transtorno do Espectro Autista, para que possa entender e aprender sobre suas particulares. Nos primeiros encontros, deve-se observar as características singulares dos alunos autistas, assim como as suas principais formas de sensibilidade para o aprendizado. Aos poucos, desenvolver atividades que os façam interagir com os outros colegas, porém, respeitando a sua individualidade. Avaliar o aluno durante o processo e rever as suas práticas sempre que forem necessárias. 

Imagem de Daniel Santos Barbosa
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Daniel Santos Barbosa - quinta, 22 out 2020, 21:27
 

O passo inicial é a adaptação da matriz curricular da disciplina para que sejam contempladas as especificidades do aluno, ademais é indispensável trabalhar em parceria com o AEE objetivando a troca de conhecimento e experiências para inclusão do aluno com TEA no contexto escolar.

Identificar atividades que chamem atenção do educando e que sejam do interesse dele, adaptando os recursos didáticos pedagógicos disponíveis, intuindo a criação de um vínculo entre professor e aluno, assim como, conhecer as particularidades e preferências do discente, para que se possa adaptar o plano de ensino-aprendizagem, de acordo com as necessidades e particularidades deste aluno.

Imagem de Lidiane Ferreira dos Santos
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Lidiane Ferreira dos Santos - quinta, 22 out 2020, 22:01
 
TEA é considerado uma doença geneticamente heterogênea e complexa, já que apresenta diferentes padrões de herança e variantes genéticas causais. Para compreender a arquitetura genética atualmente definida do TEA, é importante considerar aspectos epidemiológicos e evolutivos, bem como todo o conhecimento disponível sobre as alterações moleculares relacionadas à doença. O TEA também pode estar associado a distúrbios metabólicos em um número relativamente pequeno dos casos. Apesar de os distúrbios metabólicos estarem predominantemente associados a um padrão recessivo de herança (sendo mais prováveis em casos de casamentos consanguíneos) e apresentarem características clínicas claras, como convulsões, regressão neurológica e outras alterações fisiológicas. Acredita-se que a rápida evolução do conhecimento proporcionada pelas pesquisas genéticas relacionadas ao autismo certamente contribuirá para o desenvolvimento de técnicas diagnósticas mais precisas e, possivelmente, para terapias baseadas em evidências genéticas, tornando a investigação da etiologia genética do TEA em crianças ainda mais importante.
Imagem de Salvador Rodrigues Taty
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Salvador Rodrigues Taty - quinta, 22 out 2020, 22:28
 
Conviver com alunos que apresentam TEA e ensiná-los é uma aprendizagem diária que convida o docente e privilegia a mudar a forma de ouvir e falar, de ver e sentir. A prática pedagógica acolhe a diversidade e, nesse sentido, requer a construção de estratégias que consideram a criatividade, a tolerância e a humildade para reconhecer o que é preciso mudar em nós, onde todos nós aprendemos. Sabemos que a aprendizagem não tem só uma via, não é de mão única, ela é dupla e coletiva. Segundo Cunha (2013), uma criança típica aprende por meio de brincadeiras, com os pais, os colegas e os professores na escola. “Para uma criança Autista, as coisas não são bem assim. Há uma relação diferente entre o cérebro e os sentidos, e as informações nem sempre se tornam conhecimento. ” É de fundamental importância o trabalho em conjunto entre a família e os profissionais e também haverá sempre necessidade que a família esteja presente em todos os momentos. A presença dela ajudará, e muito, na progressão, pois muitas vezes ela é o gancho que o profissional precisa para começar e poder terminar”. Fátima Alves - AUTISMO E INCLUSÃO – Psicopedagogia e Práticas Educativas na Escola e na Família – Eugênio Cunha.
Imagem de Brenno Marlon Oliveira da Silva
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Brenno Marlon Oliveira da Silva - sexta, 23 out 2020, 01:07
 

Estou há pouco tempo como docente. Por isso, ainda não tive aluno com TEA. 
Particularmente, eu entendo essa dificuldade de interação, de não saber,exatamente, como lidar ou se relacionar , cumprimentar pessoas "estranhas" ao nosso meio, etc. 

Procuro incentivar a interação, a participação dos alunos. Fazê-los perceber que a sala de aula é um espaço colaborativo. Em contrapartida, busco respeitar as limitações, a timidez (aqueles alunos que preferem falar no "PV"ou fazer perguntas após a aula, longe de todos), principalmente, porque fui tímido numa parte considerável da vida, então os entendo.

Considerando esses pontos, aparentemente, favoráveis, buscaria identificar o nível de intensidade, não ser tanto invasivo, preservar a rotina e informar as atividades com antecedência, etc.

No mais, procuraria identificar as melhores adaptações necessárias junto à família do aluno, ao próprio aluno e à equipe pedagógica.  

Imagem de Ivanildo dos Santos
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Ivanildo dos Santos - sexta, 23 out 2020, 14:55
 


O autismo por se tratar  de um transtorno  global de desenvolvimento e Segundo (GADIA; ROTTA p. 369, 2016) Relata que: Em 1980, Rutter e Schopler, com grande experiências no acompanhamento de crianças com o transtorno , definiu autismo a partir de quatro critérios: 1) Atraso e desvios sociais não só como deficiência intelectual; 2) Problemas de comunicação não só como o de deficiência intelectual associada; 3) Comportamentos incomuns tais como movimentos estereotipados e maneirismos; 4) Inicio antes dos 30 meses de idade." Entendo que devemos compreender esses aspectos clínicos para que a visão pedagógica venha sobressair-se em conjunto como os demais olhares das ciências, nesse sentido assevera (GADIA; ROTTA, p.369, 2016), que novos termos foram surgindo: "em 1980, no DSM III, o autismo foi reconhecido como transtornos do desenvolvimento, denominada transtorno invasivos do desenvolvimento (TID), [...] posteriormente o CID-10 [...] Em 1994, DSM IV, trouxe novos critérios na definição do autismo, assim como várias condições candidatas a serem incluídas na categoria TID[...] A síndrome de Asperger é adicionada ao DSM-IV, ampliando o espectro do autismo que passa a incluir casos mais leves, em que os indivíduos tendem a ser mais funcionais. [...] Em 2013, é lançado o DSM-5, no qual os subtipos dos transtornos do espectro são eliminados. Todos os casos são a partir daí diagnosticado em um único espectro com diferentes tipos de gravidades".

     Assim, como a visão clínica vêm se redescobrindo uma Instituição de Ensino com seu arsenal pedagógico deve aproveitar os conhecimentos já construídos para: Na recepção de uma aluno autista, seja centrada uma atenção multifuncional na família, no histórico social e educativo, como conseguiram que esse discente chegasse ao até então impossível mundo dos "ditos normais"! Aproveitando esse momento de recepção e acolhimento buscará saber como as rotinas contribuíram para sua superações na caminhada acadêmica e social.

 A partir dos dados colhidos será criado espaços ambientes específico para observação do comportamento do discente, adaptações curriculares condizentes com suas limitações com auxilio de TAs (materiais, cores, formas texturas, símbolos e até o uso da CAA e nas TICs, (Software que trabalhem desde os pareamentos até o direcionamento da bagagem cultural que esse aluno já possui com as tecnologias da informação e comunicação) observando a origem no processo de aprendizagem do discente. 

Essas tomadas de decisões em conjunto as questões pedagógicas são superadas, sua inclusão dar-se-á pelo processo de socialização com curso, coordenação pedagógica, corpo docente e servidores que estejam inseridos na comunidade escolar. 

As mudanças de ambiente provocarão a necessidade de ajustes com o contexto educacional mas a partir desse mapeamento, as possibilidades de se criar estratégias e um ambiente que não seja o causador das manifestações de comportamentos diferenciados. 

Dessa forma todos aprendem o aluno terá êxito e  conhecimento docente com o novo passa a ter criatividades e ideias que compartilhadas, serão tratadas do em todos os aspectos pedagógicos contribuindo  além do ensino, na produção pesquisas em recursos tecnológicos que maximizem a aprendizagem e os projetos de extensão na instituição e no seu entorno primando pelas novas culturas inovadora maker, PBL, Sala de aula invertida etc... promovendo a entrada, permanência e saída exitosa desse discente como o desenvolvimento da sociedade local e/ou regional.

Imagem de Diego Bruno Castro de Jesus
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Diego Bruno Castro de Jesus - sexta, 23 out 2020, 22:14
 

Dentre as formas de receber as pessoas, independente de suas especificidades, receber com respeito é a principal delas. Essa atitude contribui muito para que ocorra um ambiente de inclusão em nosso local de trabalho. Além do mais, podemos também seguir alguns pontos muito importantes como:

Jamais usar a expressão “ele tem um probleminha” ao se dirigir a pessoa com Transtorno do Espectro Autista;

Não utilizar a expressão “mal educado” diante de algum comportamento que possa desconhecer;

Uma pessoa autista podem se descontrolar em ambientes com barulho, então não é bom ficar olhando;

É fundamental agir com naturalidade diante de uma pessoa autista. Não tratar adulto com TEA de forma infantilizada.



Imagem de Lucilene de Sousa Melo
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Lucilene de Sousa Melo - domingo, 25 out 2020, 13:14
 

Enquanto professora, eu nunca recebi um aluno com transtorno do espectro autista em sala de aula, contudo penso que é muito importante a orientação e apoio dos profissionais do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas, para que possamos oferecer um ambiente onde os alunos autistas se sintam acolhidos, respeitados e recebam as mesmas oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento integral que os demais estudantes.

Imagem de Cláudio Paes Júnior
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Cláudio Paes Júnior - domingo, 25 out 2020, 21:10
 

Sabemos que os autistas não são iguais e nem todos reagem  do  mesmo jeito ao ambiente, então o autista precisa ser atendido de acordo com suas reais necessidades, considerando suas dificuldades e habilidades, bem como , dificuldade na interação ou não. Então a proposta é que se trabalhe no sentido de promover mais acessibilidade e possibilitar a inclusão ainda que muitas vezes seja uma barreira, mas não é algo que está tão inacessível. 

Lucio Dias
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Lúcio Dias das Neves - segunda, 26 out 2020, 12:36
 

Apesar de nao existir uma diretriz clara para se trabalhar com o aluno portador de TEA, no cotidiano podemos criar algumas estratégias para conviver e contribuir para o processo de ensino-aprendizagem e inclusão deste aluno, a exemplo de:

- Conhecer as reais necessidades e histórico do aluno;

- Conversar com os pais e estabelecer uma proximidade maior entre a instituição de ensino, os pais e a comunidade no entorno;

- Ressignificar o espaço escolar e adaptar as práticas pedagógicas;

Criar um vinculo de confiança com o aluno;

- Desenvolver projetos de inclusão;

- Propor a socialização entre todos os evolvidos, dentre outras.

E acima de tudo, que este pensamento seja coletivo e de compreensão por todos os funcionários, desde a portaria até o cargo máximo da instituição.

Das experiencias que eu convivi com alunos portadores de TEA eu me considero o maior beneficiado, pois foi um aprendizado incrível ao conviver com eles, e acima de tudo eu sempre tentei me colocar no lugar do portador do TEA, da familia, e procurei envolver os meus pares a abraçarem esta ação inclusiva.

Imagem de Danilo da Silva Miranda
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Danilo da Silva Miranda - quarta, 28 out 2020, 18:40
 
Tenho apenas 4 anos de sala de aula e nesse período tive três alunos com TEA. O meu primeiro contato aconteceu com um aluno do 6º ano do ensino fundamental de uma escola da rede estadual do município onde moro, eu estava recém formado e tinha pouca ou nenhuma experiência com alunos que possuem alguma deficiência. No primeiro momento bateu um certo desespero, pois eu estava apenas substituindo um professor e o mesmo não me informara sobre tal situação, dessa forma eu não tinha adaptado a minha aula, de matemática, para aquela aquele aluno, então eu me senti muito culpado, inicialmente por não ter nada em mente e nem poder contar com o AEE naquele dia.  Passei o conteúdo aos alunos e depois sentei ao lado do aluno para conversar com ele, foi então que percebi a sua grande habilidade em resolver expressões numéricas, aproveitei que o conteúdo dado era esse e tentei explicar e usar uma situação relacionada a time de futebol (área que  ele gosta muito). Mesmo assim, me sentir muito culpado naquele dia por não poder ajudar aquele aluno da forma que eu queria.

A minha segunda experiência aconteceu ano passado no próprio instituto federal do Amapá com um aluno do terceiro ano do ensino médio e o outro do curso superior de matemática. Já conhecendo um pouco mais sobre o TEA e podendo contar com o apoio do NAPNE, conseguir ensina-los utilizando materiais adaptados e a área que eles mais gostavam (programação e jogos de futebol).
Sei que ainda devo aprender muitas coisas a respeito das deficiências, mas já me sinto um pouco mais preparado, comparando com aquele professor recém formado de 2016, que não sabia o que fazer.
Imagem de Chrissie Castro do Carmo
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Chrissie Castro do Carmo - sexta, 30 out 2020, 15:35
 

Esta é uma experiência pela qual nós, professores do IFAP passamos em todos os anos letivos. Diante deste contexto, somos assessorados pelo NAPNE, seja por meio de reunião pedagógica, e-mails ou encontro individualizado por disciplina.

Em sala de aula, adoto alguma dinâmica de recepção para o aluno a fim de que este seja acolhido pelos colegas de sala de aula. Na maioria das vezes, o aluno com espectro autista é introspectivo e, por isso, aplico alguma dinâmica de socialização de forma gradual e espontânea.

Em poucos casos não obtive sucesso porque o aluno além de ser bastante introspectivo, não conseguia ter autonomia em sala e nas atividades. Nesta situação, preciso do apoio do professor do AEE, de uma forma mais incisiva.

No geral, os alunos com transtorno do espectro autista por apresentarem vários níveis de sensibilidade sensorial, precisam de uma atenção para o aspecto da comunicação. Se são bastante falantes, ao explorarem os conteúdos que lhes interessam e são dinâmicos aos explicá-los, é pertinente que  se permita tal exposição a fim de fazê-lo perceber a sua importância e interação em sala de aula. Por outro lado, se não são comunicativos, é interessante chamá-lo no particular para saber de seus gostos, necessidades, incômodos e outros aspectos que visem um pré-diagnóstico para uma maior conexão de comunicação.


c
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Cristiane da Costa Lobato - segunda, 2 nov 2020, 16:20
 

Importante sabermos que mesmo duas pessoas apresentarem o mesmo diagnóstico de TEA, elas agem de modo diferente, mesmo diante de uma mesma proposta pedagógica. Por isso, o que funciona para um não funciona para o outro. Não precisamos ser especialistas em autismo. É bastante desafiador passarmos a conhecer o aluno com TEA, de forma individual, e atentarmos como cada aluno age, reage e, sobretudo, aprende mediante aos estímulos dados a ele.

E como trabalhamos em Instituto Federal, com oferta do ensino profissionalizante e tecnológico (ensino médio ao superior), nosso público é de adolescentes, jovens e adultos. Logo, o nosso público está nessa faixa etária e de seu desenvolvimento humano. Para lidarmos com estudantes com TEA, é fundamental que compreendamos as necessidades deles para intervir com qualidade, reconhecendo como informações são processadas por eles.

Algumas dicas nos ajudarão como conversamos com a pessoa TEA, pois devemos usar frases curtas e sermos objetivos e ao explicar um conteúdo ou darmos uma informação, não devem-se utilizar frases com duplo sentido ou metáforas.

Paciência também é uma das grandes dicas, porque o autista vai levar um tempo para processar a informação, o comando dado para que possa estruturar sua resposta.

A rotina também é a chave mestra na convivência e caso haja mudança como, por exemplo, a aula seguinte ocorrer em outro ambiente/local, esta informação deve ser dada com antecedência ao estudante. E para serem evitados comportamentos agressivos, deve-se estar atento para estímulos sonoros constantes, porque eles são incômodos para o autista. E os jogos são uma boa estratégia para interação com os colegas, no desenvolvimento das habilidades sociais.

São dicas e atitudes assim que nos auxiliarão a lidar com o ou outro que tem sua particularidade, singularidade a ser respeitada, contribuindo, portanto, no seu processo educacional.  
Imagem de Mônica do Socorro de Jesus Chucre
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Mônica do Socorro de Jesus Chucre - segunda, 9 nov 2020, 10:37
 

Exatamente, Cristiane, aprendi isso, paciência. Paciência para saber ouvi-los, paciência para esperar responderem. Até diria, amor e respeito pelo tempo do outro. 

Imagem de Elys da Silva Mendes
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Elys da Silva Mendes - segunda, 30 nov 2020, 14:07
 
As colocações dos colegas foram muito boas, assim destaco que o 
primeiro contato como o aluno com transtornos do espectro autista (TEA) é de suma importância, nesse o professor deve buscar metodologia que potencialize o desenvolvimento das suas habilidades e competências, por diante, criar metodologia de ensino que favoreça o seu bem-estar emocional e o equilíbrio pessoal, tornando-o o mais harmonioso possível, tentando aproximá-lo de um mundo de relações humanas significativas, com isso despertá-lo o desejo de querer aprender. Nessa vertente, vejo como primordial diagnosticar os interesses do aluno, para que possamos ter um pondo de partida acerca de métodos e matérias a serem implementado ao aluno. Dessa forma, focar no contexto e no ambiente de aprendizagem, poderá contribuí para a aproximação de uma relação de confiança entre professor e estudante, assim propiciando um ensino por meio de mediação podendo também usar os recursos pedagógicos como ferramenta de apoio ao ensino. Nessa perspectiva, criar estratégicas metodológica que potencializes suas habilidades e ter um currículo mais flexível será crucial para o estudante.
Imagem de Cristina Coutinho de Oliveira
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Cristina Coutinho de Oliveira - terça, 3 nov 2020, 18:01
 

Boa tarde a todos! 

Creio que é interessante planejar uma rotina de estudos dentro da sala específica para este aluno. Por exemplo, ao adentrar a sala, é interessante que o aluno tenha segurança e saiba o que deve ser feito. Cada professor pode combinar com este aluno uma técnica que sirva para acalmá-lo, em especial, nos momentos em que ele quiser andar pela sala. 

Acredito que colocá-lo para sentar em dupla, cada dia com um colega diferente, também possa ser uma boa alternativa a fim de evitar que o aluno com TEA sinta-se sozinho e, também, para auxilia-lo no desenvolvimento das atividades.

Penso que a área social deve ser priorizada. É muito importante que o aluno com TEA sinta-se calmo, acolhido e importante dentro da sala de aula. Caso contrário, será muito difícil estimular o seu progresso conteudista, pois um corpo triste e infeliz, muito, provavelmente, não terá condições de aprender.


Imagem de Alain Roel Rodrigues dos Santos
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Alain Roel Rodrigues dos Santos - quarta, 4 nov 2020, 11:04
 

O autismo tem sido uma constante em nossas vidas, família e amigos, e por se tratar  de um transtorno  global que tem por característica principal, alterações nas áreas fundamentais do desenvolvimento do ser humano que causam complicações por ter quase sempre sérias dificuldades na comunicação, como na hora de se expressarem e na interação social, com padrões comportamentais restritos, repetitivos e  acabam  por criar dificuldades no processo normal do dia-a-dia para um autista; o que torna necessário que  seu diagnóstico seja o mais precoce possível, para que se inicie e identifique o que é essencial trabalhar dentre as várias áreas da vida familiar, social e escolar, embora se saiba a dificuldade em fazer isso, primeiro pela falta de conhecimento e também da resistência familiar em admitir que os filhos estejam apresentando algum quadro desta natureza.

Imagem de Flávia Karolina Lima Duarte Barbosa
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Flávia Karolina Lima Duarte Barbosa - quinta, 5 nov 2020, 00:30
 

Ao receber um estudante com Transtorno do Espectro Autista, o professor deverá observá-lo para compreender melhor suas  dificuldades de interação social, preferências e aversões. Após essa fase inicial de observação, deverá readequar as suas aulas e verificar qual a melhor forma de interagir com o estudante.

É importante recordar que as ações do professor devem ser baseadas em ações rotineiras, visto que os estudantes com TAE não gostam de mudanças. Deve se preocupar com a segurança do ambiente, posto que o estudante não tem noção do perigo. Além disso, conforme consta no material, “é necessário oferecer um ambiente favorável, com pessoas disponíveis e sobretudo que saibam agir em situações de imprevisibilidade, pois sabemos que, no contexto escolar, o TEA está sujeito aos imprevistos e desafios da aprendizagem, por se tratar de um espaço de relações e interação social num formato dinâmico.”

Por fim, compreendo ser necessário que o professor que nunca trabalhou com um aluno que tenha esse tipo de deficiência (ou qualquer outra) esteja em constante diálogo com os profissionais do Napne.


Imagem de Betina Batista
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Betina Batista - sexta, 6 nov 2020, 10:40
 

É importante antes de tudo conhecer a situação do aluno e ter ciência de seu diagnóstico, para que os primeiros contatos, por se tratarem de algo novo, não sejam ruidosos e perturbadores para ele. Fundamental estar ciente do nível de comunicação e quais tipos de comunicação o estudante com autismo prioriza, para que seja possível adaptar a abordagem com ele. 

Enquanto Técnica Administrativa, atuando como Psicóloga no Setor de Assistência Estudantil e no NAPNEE (núcleo de atendimento a portadores de necessidades educacionais específicas), necessito atuar junto do setor pedagógico e dos docentes que atuam diretamente com o aluno autista para que planos estratégicos de didática específicos sejam pensados para melhor aproveitamento do aluno nas experiências de aprendizagem, pensando uma metodologia que se adapte às potencialidades e dificuldades do estudante.   

Imagem de Welton de Lima Cordeiro
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Welton de Lima Cordeiro - sexta, 6 nov 2020, 17:49
 

É importante conhecer as particularidades de cada aluno, já que os discentes com TEA não são todos iguais, uma estratégia usada com um aluno não determina que dará certo o outro, mesmo tendo a mesma condição.

Diante de um aluno com TEA devemos, como nunca, humanizar a educação buscando conhecer seus interesses particulares assim como suas aversões, para isso um relacionamento mais forte com a família se faz necessário assim como uma parceria bastante atuante com o setor de AEE.

As questões emocionais e de relacionamento social também precisam ser bem trabalhadas, pois são áreas importantes para o sucesso do aluno com o TEA na escola.

Imagem de Mônica do Socorro de Jesus Chucre
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Mônica do Socorro de Jesus Chucre - segunda, 9 nov 2020, 10:35
 

Já tive a oportunidade de recepcionar em sala de aula o trabalho com alunos autistas tanto fora do IFAP, quanto no próprio Instituto. No ano de 2018, tive um aluno que manteve comigo uma relação de amizade e confiança, pois ao trabalhar com ele, descobrimos em suas dificuldades a certeza do quanto vale a pena insistir na educação. Ele era bastante agitado, de andar em sala e sair várias vezes ao banheiro, e ainda teve que aceitar a troca de professores de língua portuguesa, acostumado que já estava com a professora anterior. Quando cheguei ele nem abria os livros, me ignorava. Em sua relação, havia a espera pela outra colega e não eu. Passamos a tudo devagar e no tempo dele. Depois já estávamos muito próximos que comecei a ganhar abraços e vários “ois” pelo corredor. Fazia suas tarefas, mostrava com muito empenho. A experiência passa a ser tão incalculável com esses alunos que você se pergunta várias vezes até onde você pode alcançar para permitir que o outro aprenda e cresça neste mundo.


Imagem de Daniel de Nazaré de Souza Madureira
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Daniel de Nazaré de Souza Madureira - segunda, 30 nov 2020, 17:26
 

Olá, com certeza, está atualizado sobre os estudos a respeito do Autismo é essencial para uma eficácia para um trabalho exitoso em qualquer instituição, ainda não tive a oportunidade em ter contato direto na minha instituição de ensino com aluno autista. Na minha família, tenho um primo que possui o transtorno de modo leve, convivemos com ele e consequentemente aprendemos muito com o que ele nos demonstra.  

Imagem de Renan Ramos Almeida
Re: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
por Renan Ramos Almeida - segunda, 30 nov 2020, 18:53
 

Buscar conhecer as vivências que atraem e a sua rotina, ter acesso ao seu relatório para elaborar as estratégias pedagógicas.

O setor pedagógico deve respeitar o fluxograma determinado no atendimento especializado e seguir as orientações do AEE no acompanhamento cotidiano do aluno.