Aspectos Legais da Inclusão 2020 - IFAP

Este tópico é excelente! Revisitar esse espaço de lutas, desafios e conquistas ao longo da história da Inclusão no país e no mundo é tornar eficaz nossa luta, é fazer valer cada conquista e ser sobre tudo imbuído de garra para continuar essa história. Vou relatar uma conquista maravilhosa que tivemos no Instituto Federal do Amapá- campus Macapá: Recebemos no integrado um aluno surdo, porém, o grande diferencial desse aluno era que ele só conhecia de libras os mais básicos sinais. A dificuldade dele no inicio era imensa. Porém, aceitamos o desafio de alfabetizá-lo em libras e juntamente com ele o projeto se estendeu a toda a turma do 1º ano que era a turma do aluno. Iniciamos com introdução a Libras, o curso FIC durou 20h/a a turma gostou e o respectivo aluno nos deu uma resposta super positiva, ao longo do primeiro ano do aluno no Ifap, o aluno já tinha avançado muito, levávamos para o ifap comunidades surdas para que o aluno convivesse com outros surdos, aconteciam oficinas, palestras, e seminários durante eventos promovidos pelo campus para que o aluno e os colegas da turma convivessem ao máximo com libras, o AEE do aluno era sempre acompanhado pela professora de Língua portuguesa, professora do AEE e o Interprete de Libras. Assim ao final do curso o aluno já se comunicava fluentemente em libras e a turma aprendeu com fluência  o novo idioma. Uma experiência muito rica e proveitosa!

Olá, aqui no campus onde atuo, a comunidade escolar está sempre buscando formas, de estar incluindo o estudante nas atividades acadêmicas, a última que acompanhei foi em fevereiro (concurso de danças/carnaval), foi muito bom, todos participaram. 

Boa tarde a todos. 

Quando iniciei este curso, de imediato observei que nesta plataforma está em funcionamento o plugin de acessibilidade da Hand Talk! Gostei muito dessa ideia. 

No curso superior a distância de Licenciatura em Pedagogia, temos dois alunos que são deficientes visuais. E fiquei imaginando o quanto este recurso os ajudaria a interagir no AVA de uma forma mais dinâmica e autônoma, tornando as aulas mais acessíveis e inclusivas.  

E, justamente hoje, dia 26/06/2020, fizemos uma atualização na nossa plataforma, no qual inserimos vários recursos e, entre eles, está o plugin de acessibilidade em Libras. E hoje, o Moodle do IFAP também conta com o auxílio do carismático Hugo, rs. 

Assim, penso que essa ferramente poderá contribuir muito com os alunos que possuem essas necessidades especiais. 

Cordialmente, 
Cristina.  

Olá colegas, percebe-se que a luta de uma educação para todos, não é dos dias atuais, ao longo dos anos a sociedade e a escola através das políticas públicas discutidas internacionalmente e nacionalmente vem se adaptando para cumprir o seu papel principal, a formação do individuo preparado para conviver com as diferenças. Percebe-se também que a escola e professores precisam reaprender sobre o seu próprio espaço de convívio. Vamos imaginar um professor com vasta experiência, de anos a frente da mesma componente curricular e acostumado com seu público do ensino "regular", muitas das vezes, podemos imaginar que este professor pode entrar em sala de aula no automático (como aquele que aprendeu a andar de bicicleta ou dirigir um carro), já sabe exatamente como agir e trabalhar, quase que um trabalho repetitivo, pois bem, o professor estaria acostumado com um "padrão" de alunos "sem diferenças". É hora de reaprender a andar de bicicleta, e cursos, como este, são as primeiras pedaladas para que possamos perceber este novo cenário. 

No campus que trabalho realizou um Encontro de Inovação envolvendo estudantes, servidores e pessoas da comunidade, com a temática de economia digital, criativa e solidária, abordamos os desafios da pessoa surda na área da economia, sua relação nas atividades comerciais. Estávamos buscando ser mais integrativos e inclusivos. Conseguimos envolver os alunos a perceber e conduzir atividades em prol deste paradigma da educação inclusiva.

http://www.ifap.edu.br/mais-noticias/ii-encontro-de-inovacao-e-realizado-no-campus-avancado-do-oiapoque

O contexto da inclusão pessoal a quem precisa, envolve uma  significância oriunda de grandes perspectivas históricas de lutas e conquistas, assim dedicadas por aqueles que antes não havia vozes. É salutar viver sobre as sobras do esquecido, uma vez que, a própria nação esquece que somos um só. Se agíssemos com consciência e respeito a quem realmente precisa,  não seria necessário  leis ou movimentos sociais para garantir direito dessas pessoas, pois o melhor reconhecimento começa pela sua  consciência e atitude de querer mudar. 

Naturalmente é comum encontramos em determinado campo social,  situações desconfortantes de como saber se comportar ou atuar diante de pessoas com necessidades especiais, acredito que isso, seja uma das causas que gera uma atitude de preconceito. Agora tratando especificamente dentro de um ambiente educacional, nos dias atuais, podemos dizer que houve sim grandes avanços de seus profissionais em buscar qualificação, quanto adequação compartilhada a quem necessita exemplo encontra-se minha própria pessoa hoje aqui presente em curso.

Tive uma experiência com uma aluna no IFAP, Campus anterior em que eu estava lotada, a mesma apresenta deficiência de natureza física e o Campus sempre procurou assistir à aluna providenciando uma mesa com maior acomodação,  acompanhava junto ao NAPNE o processo para a possível utilização de uma bota que seria muito importante para  proporcionasse o bem-estar da aluna. Toda a Equipe Pedagógica, com docentes e todos profissionais atuantes no Campus prestavam o acolhimento à aluna de forma amorosa, enfatizando aqui o cuidado de seus colegas de classe para com ela, os quais se preocupavam quando ela faltava (não era hábito da aluna), pois já sabiam que ela poderia estar doente; a aluna era tida na classe como "a mãezona" a mesma relatava que gostava de ser considerada assim, pois seus colegas de classe gostavam de conversar com ela, ouvir seus conselhos e isso a fazia se sentir importante. O IFAP Campus Avançado Oiapoque-AP sempre prestou assistência a esta aluna e a mesma tem uma gratidão imensa por esta instituição.

O ifap está sempre incentivando a inclusão das pessoas com deficiência.  Uma das ações de grande engajamento no campus de laranjal do Jari,  na parte   sul do estado do Amapá,  foi o curso de libras, organizado pelo centro de línguas.  Foi importante ter a possibilidade de acesso à esse idioma e de ver isso sendo levado para o interior do nosso estado.  A professora da disciplina tbm é um exemplo de sensibilidade e pertence ao NAPNE do campus.♥️

Em relação as práticas desenvolvidas com educandos que possuem deficiência, nós profissionais da educação temos sempre que buscar novas opções de recursos que ajudem a melhorar nossa práxis. Por mais que tenhamos experiência no ensino, nunca nos sentiremos totalmente preparados para enfrentar as diversas situações que surgem em sala de aula, principalmente quando se fala em inclusão, pois muitas barreiras precisam ser quebradas, principalmente as barreiras atitudinais. No ensino médio, tive a oportunidade de trabalhar com um aluno com cegueira congênita, mas apesar dessa deficiência demonstrava uma grande capacidade de aprender, era um aluno independente, participativo e interessado nas aulas e fazia muitos questionamentos em sala, como se não possuísse nenhuma deficiência. Essa vivência com esse aluno me ajudou a compreender que sua dificuldade em enxergar não comprometia sua capacidade intelectual ou falta de interesse pelos estudos. Esse aluno ingressou na faculdade e foi aprovado em concurso público para a área jurídica. Isso nos faz refletir sobre o verdadeiro sentido da escola e perceber o quanto ela é importante no desenvolvimento das potencialidades dos educandos, sei que o trabalho do professor é desafiador, mas ao mesmo tempo instigante e rico em experiências significativas.

Olá, prezados!

Uma das experiências que tive no IFAP, campus Macapá, foi por meio de uma atividade de intervenção preventiva em 2019 em uma turma de 1º ano do ensino médio integrado/integral, na qual tem dois alunos autistas e um com deficiência física. A atividade envolvia dividir a turma em 5 grupos para montagem de peças geométricas de quebra-cabeça, sendo que em quatro grupos havia uma peça que não se encaixava, pois estavam em outros grupos. A dinâmica tinha como objetivo integrar a turma e em uma atividade em que os alunos com necessidades educativas específicas pudessem se sentir integrados, além disso levar a percepção do "erro". E ao ser dito que um integrante de cada grupo podia observar os outros grupos era com intuito de ir ao outros grupos em busca da tal peça. Após a dinâmica abriu-se a discussão para que os alunos falassem sobre suas impressões e logo eles associaram com a temática inclusão. Entre os mediadores estavam servidores da assistência estudantil, Napne e pedagógico. Foi dado abertura para que os alunos fizessem perguntas. Os alunos autistas falaram de si e os colegas puderam fazer perguntas diretamente para eles. Com isso, a gente sente-se gratificado com o nosso trabalho junto aos alunos, porque atingiu-se o objetivo da integração e na discussão no tema inclusão educacional em sala de aula. E ainda, por meio de um jogo que os adolescentes adoram ao serem desafiados, fez com que de maneira prática e lúdica entendessem o sentido da inclusão, bem melhor que apenas ficarem sentados ouvindo teoricamente a respeito da temática.

Compartilho com vocês o arquivo da dinâmica do trabalho realizado.

Olá colegas,

Gostaria de trazer para análise da temática deste fórum a importância quanto as conquistas dentro dos aspectos legais do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15), pois se hoje temos exemplos claros de inclusão nos ambientes escolares, muito se dá primeiramente pela obrigatoriedade da legislação, sendo muito bem vinda quando entende-se que foi preciso travar uma luta por esse grupo de pessoas, muito bem registrado no vídeo/documentário que mostra a trajetória de luta e de conquistas árduas para um reconhecimento dentro da sociedade. Ressalto que o estudo do capítulo IV, da referida legislação que trata do Direito a educação, iniciado pelo art. 27 "A educação constitui direito da pessoa com deficiência assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado assegurados ao longo de toda vida, de forma alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características , interesses e necessidades de aprendizagem" Nos mostra que essas conquistas vem se perfazendo de forma ainda muito tímida, apesar do consenso de que a participação das pessoas com deficiência é um direito inquestionável. Atualmente, no IFAP é possível perceber vários exemplos de alunos, mais também gostaria de citar que temos uma professora cadeirante que fechou seu doutorado a já faz outro curso o de Psicologia e que tenho a certeza que assim como me inspira, também inspira nossos alunos em cada sala que passa servindo de exemplo não somente para nosso alunos especiais, mais também para nossos alunos "ditos normais" que podem exercer no convívio diário com ela que quando uma pessoa tem a oportunidade a educação...não são pernas perfeitas que vão garantir o sucesso, mais a oportunidade do direito a uma sociedade mais justa e igualitária.

Olá André, 

Tenho certeza que as pedaladas serão para um longo caminho de lutas para conquistas básicas. A educação inclusiva é um processo contínuo e dinâmico onde todos tem que dar sua contribuição, pois uma escola inclusiva é uma escola que inclui a todos, sem discriminação, e a cada um, com suas diferenças. Esse reconhecimento merece sempre uma releitura e reflexão constante, numa sociedade onde se discuti muito e pouco se faz. Entendo sobremaneira que a pessoa com deficiência encontra hoje novo paradigma bem mais favorável e certamente já podemos lançar um olhar otimista sobre um futuro, pois as armas já estão postas pelo direito a um reconhecimento que agora pelos meios legais, possa se enterrar de vez a segregação suportada por tanto tempo por essa  parcela da sociedade, que sempre foi esquecida, mais que sempre existiu.

Lendo o relato de todos, trago algumas  palavras. Certamente temos muito que avançar no que se refere a Inclusão, mas muito já se fez, e percebemos isto no relato que trazem.  Tivemos que ter um lei para que o direito a educação fosse universal.  A oportunidade de formação sobre o tema Inclusão é essencial para que saibamos trabalhar com os discentes de forma correta e proporcionando um ambiente de aprendizagem.

Podemos avançar mais, certamente, mas tudo tem que ter um começo. Com todo o movimento das entidade de pessoas com deficiência, a sociedade começou a enxergar estas pessoas e perceber que todos possuem o mesmo direito a educação. Sendo assim, sigamos a buscar uma educação e sociedade igualitária.

Desde 2011/2012, se não me falha a memória, os professores de Língua Portuguesa do campus Macapá realizam com os alunos de todas as turmas dos 1ºs anos do Ensino Médio Técnico o Seminário Diversidade, abrangendo aí, não apenas discussões relacionadas ao gênero predominantemente oral "seminário didático", mas também discussões relacionadas à "diversidade linguística - foco da disciplina - e à "diversidade humana".

A professora Chrissie, de Língua Portuguesa, talvez, possa corroborar com exemplos advindos da sua prática dentro desse projeto, visto já ter publicado, também, algo nesse sentido. 

Quando atuei com turmas de 1ºs anos e participei do projeto (minha última atuação foi em 2017), que nasceu em parceria com o NAPNE, cada grupo pesquisava e discutia, além da "diversidade linguística", um dos seguintes temas: diversidade religiosa; diversidade etária, diversidade étnico-racial, diversidade de gênero, diversidade social, diversidade cultural, diversidade e pessoas com deficiência.

Os seminários eram/são altamente produtivos, pois dão protagonismo ao discente, no contexto das metodologias ativas, e trazem reflexões pertinentes e concretas, trazidas, na maioria das vezes, pelos próprios discentes. Os professores atuam como mediadores, sobretudo na preparação da apresentação oral, a fim de assegurar que os exemplos que serão apresentados pelos alunos não firam a ética e a dignidade humana. 

Acredito que esse projeto tem um papel pedagógico importante, pois desperta os discentes, já nos seus primeiros meses de Ifap, para a aceitação das diferenças e para a percepção das potencialidades de cada um, independente das limitações. 

A professora Nazaré, que também está fazendo esse curso, em um dos anos (não lembro exatamente qual), participou de alguns encontros e apresentações desses seminários, como representante do NAPNE. Caso queira, pode falar dessa experiência também.

Boa tarde,

Um momento especial para mim, foi com a primeira Turma de Técnico em Alimentos - Proeja, 2013. Tínhamos uma aluna cega e trabalhar com ela exigiu de todos dedicação e sensibilidade. Muitas vezes ela pensou em desistir, abrir mão do sonho de estudar mais e mais, no entanto persistiu com a ajuda de muitos colegas e com certeza, familiares. Esse caso nos trazia um olhar de cuidado, desde do material às aulas dadas. 

Nesse momento o papel do NAPNE foi fundamental, pois cobrava dos professores o material para passar em braile à aluna, e ainda a acompanhava para ouvi-la e orientá-la em atividades e assuntos.

São momentos que flagramos da educação em suas facetas, exigindo de nós um olhar cauteloso diante do outro, do aluno que precisa e tem o direito de aprender bem a cada dia.

Olá tutora Darléia e caros colegas!

Toda troca de experiência é válida para que possamos compartilhar relatos de situações que possam vir a contribuir para a compreensão do processo de acolhimento, ensino e aprendizagem diante da Educação Especial. Um fato muito interessante ocorrido em sala de aula no IFAP ocorreu quando passei pela experiência de conhecer um aluno do espectro autista no primeiro ano. Naquela ocasião, estava trabalhando com meus alunos sobre um projeto o qual conduzo em parceria com o NAPNE, denominado " Aprendendo com a Diversidade". O referido aluno havia sido sorteado com a temática: Diversidade de Pessoas com Necessidades Específicas na Escola, juntamente com seu grupo.

No dia da apresentação, perguntei se estava tudo tranquilo com relação à exposição, pois sempre tenho o cuidado de conversar com os grupos a fim de engajar o aluno com deficiência na apresentação, dentro das possibilidades que lhe cabe. O grupo confirmou que estava tudo certo. No momento da fala do aluno, ele pediu para dizer algumas palavras, antes de iniciar. Ele dissera com orgulho que pra ele era uma obrigação e dever deixar claro para seus colegas como se caracteriza e como podemos lidar com o espectro autista, pois ele afirmara que tinha consciência da sua especificidade. Obviamente que desabei, pois não esperava uma fala tão contundente. Na verdade, ele já estava apresentando o referido projeto ao falar de si. 

A partir de então, tomei consciência que nosso alunado com deficiência, muitas vezes, possui limitações, porém precisamos ser sensíveis quanto aos seus anseios e disponibilidades em expressar um conhecimento desconhecido por nós.

Essa disciplina realmente e demasiadamente interessante.No Campus Santana, temos alunos surdos e  observamos que com o interprete de Libras, esses alunos tem se destacados em diversas disciplinas, podendo assim ter sua inclusão efetivada.Temos também, no nosso Curso Tecnológico em Comercio Exterior um aluno que tem deficiências mentas, e com um trabalho mutuo , em conjunto com o NAPNE ele tem conseguido avanços. Com isto , percebemos que a inclusão se faz necessária e se efetiva qd se ha parcerias a serem desenvolvidas.

Realmente, durante décadas as legislações e declarações universais foram discutidas e em passos lentos tornado realidade em muitas instituições de ensino. O que é mais importante é tornar a educação de qualidade acessível para qualquer aluno, não importando raça, etnia, religião, deficiência. Nós educadores devemos defender constantemente a inclusão, interação e participação que são partes essenciais da dignidade humana. Gerar oportunidade requer esforço, recurso, adaptações, flexibilização. Isso é o mínimo que podemos fazer para contemplar um ensino de qualidade. Como vivência, tive a oportunidade de participar, junto com a equipe NAPNE, da excelente experiência relatada por nossa colega Márcia no início do fórum. O aluno surdo tinha diversos desafios, um deles foi a língua (não sabia o português e nem a Libras). Por ser o primeiro surdo a estudar no Instituto Federal do Amapá, os professores ainda estavam se habituando sobre como trabalhar com esse aluno. Três projetos contribuíram muito para o sucesso do aprendizado do referido discente: “Intérprete voluntário”, “O ensino da matemática para alunos surdos” e “Adaptando conteúdo para realidade dos surdos”. Na sequência, o primeiro projeto tinha o objetivo de receber os alunos do curso de libras para criar um ambiente em que a libras fosse difundida. O segundo era criar métodos que o aluno conseguisse gravar o passo a passo das operações matemáticas utilizando cores diversas. Por último, o projeto “Adaptando conteúdos” que contou com a preciosa ajuda dos professores, teve o objetivo de ajustar os materiais com imagens, fotos e palavras destacadas, tornando-os acessíveis aos surdos (viso especial). Hoje, esse aluno que adiava aprender libras, se identificou tanto com o idioma, que decidiu ingressar no curso Letras Libras

Boa noite.

Boa noite! 

Estou há pouco tempo no Instituto, mas nesse breve período, tivemos algumas alunas com deficiência física. 

Percebi a preocupação institucional em fornecer os meios adequados para que elas não tivessem maiores obstáculos quanto ao ensino. Por exemplo, foram providenciadas cadeiras e mesas específicas (mais confortáveis e ergonômicas), uma bancada para o apoio das pernas, o envolvimento das alunas nos diversos projetos (ensino, pesquisa e extensão) e eventos do Campus. Conforme fora mencionado acima, de fato, o envolvimento e a preocupação dos demais alunos da turma são fundamentais para o envolvimento e a socialização. 

Além disso, temos o NAPNE para prestar o apoio adequado e, particularmente, eu procuro conversar (depois da aula ou no intervalo) para conhecer a realidade delas, e, também, saber se estão a enfrentar algum problema com o componente curricular.  

No mais, tendo em vista a realidade do Município (e o Campus) em que estou lotado, tenho percebido que as bolsas fomentadas pela Assistência Estudantil foram, também, fundamentais para a permanência das alunas. 
Explico... Aqui não temos ônibus coletivo (regular e circular), que passe nas principais vias da cidade, então, uma das alunas, em função das dificuldades de se locomover, usava a bolsa para pagar moto-táxi ou táxi para frequentar as aulas. 

Muito importante a troca de experiências entre os profissionais da educação até mesmo pra reflexão de nossa prática pedagógica. Pois, em se tratando de educação especial inclusiva, a formação deve ser contínua, seja o professor, seja o técnico, isto é, o profissional da educação precisa ter iniciativa de buscar aperfeiçoamento, informações e conhecimentos a respeito de determinadas áreas em que precisa para melhorar pedagogicamente, de maneira que ajude na aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes. A prática pedagógica deve ser pensada nas especificidades de cada estudante, respeitando a diversidade, valorizando potencialidades, compreendendo outras culturas para um bom viver em sociedade e na garantia dos direitos.

Estou no IFAP como professora de Artes desde 2010, primeiro concurso. Minha formação é Artes, especialista em Música. Todos os anos, recebemos após seleção, os novos alunos. Temos em nossa região muitos descendentes indígenas, que não se declaram. Temos alunos que chegam com diversos transtornos que só bem depois são descobertos, pois os responsáveis tentam omiti-los. Alunos com muitos tipos de deficiência e ainda alunos que sofrem de violência de toda ordem, pela opção de gênero, pela religiosidade, entre outras, que sobrecarregam a única professora de Educação Especial e que trabalha em parceria com o Serviço de Atendimento aos Estudantes, o SAE. Esta capacitação me trás a reflexão de como é de suma importância que toda a academia se capacite neste tema da Inclusão. Estou muito feliz porque sei o quão significativa é esta oportunidade. Lembrar que falar de Inclusão educacional é falar também de promoção da saúde. Quando um aluno tido como "normal" começa a apresentar comportamentos estranhos e suicidas, por exemplo. Quando um professor, ou um técnico também é acometido de grande stress somatizando uma depressão, onde está as ações atitudinais da Inclusão?

Estou a pouquíssimo tempo no IFAP. Mas vejo como ponto positivo a atuação do NAPNE. Preocupa-se com o ensino aprendizagem, faz acompanhamento com os alunos com necessidades especiais. 

E ao ler os relatos dos colegas percebo que estamos indo no caminho certo. Proporcionar a inclusão através da disponibilidade de recursos para investir em professores qualificados, proporcionar formação de qualidade para os docentes e discentes na área da educação especial.  Trazer para a sala de aula discussões referentes a educação especial para que todos os alunos possam compreender  e também contribuir para que haja a inclusão de forma plena. Pois é evidente que a inclusão no que se refere a educação especial  só será possível com engajamento de toda a comunidade. E para isso é necessário ser esclarecido sobre os assuntos que abranjam toda essa questão. 

Compartilho com voces a experiencia com o aluno LM que é portador de TEA e no seu primeiro ano na unidade de ensino uma das meninas o acusou de ter aliciado-a quando estava saindo do banheiro. Foi um situação nova e inusitada e que necessitou de uma intervenção na turma e principalmente a conscientização de que a educação é inclusiva e para todos.

A partir dessas provocações (pois iniciei uma seria de videos sobre racismo, feminismo e inclusão social da pessoa com deficiência), os próprios alunos resolveram se unir e inclusive aceitar e criar espaços para o aluno LM.

A ação foi linda, mas percebo que infelizmente ainda nao possuíamos maturidade enquanto professores, gestores para lidar com esta situação e este ano o alno evadiu-se. MAs creio que a semente ficou no campus e serviu de aprendizado para todos e todas nós!!!

No campus em que atuo muitas práticas são desenvolvidas junto a alunos com deficiência ou não. Tomo conhecimento de práticas inclusivas desde a adaptação do currículo aos espaços físicos resultantes de diversas ações colaborativas de todos os envolvidos, profissionais da área, professores, alunos, pais e toda a comunidade. O que relato aqui são pequenas ações que realizo em com a ajuda dos profissionais do AEE em que faço uma adaptação no roteiro das aulas experimentais de química desenvolvidas no laboratório para alunos com qualquer tipo de deficiência realizem autonomamente as atividades com a ajuda do grupo, seguindo todas as normas de segurança. Entre outras atividades em sala, monitoro acadêmicos de licenciatura que estão desenvolvendo projetos inclusivos dando a eles espaço para que realizem suas prática. Assim, é muito produtivo, pois a troca de conhecimento e o espirito colaborativo é muito enriquecedor para todos. Fazendo com que cada vez mais eu aprimore as aulas em que já exploro os conteúdos com recursos visuais (imaginética), dinâmicas em grupos sempre respeitando as limitações de cada um e envolvendo todos a participar. Tento dá atenção ao que os alunos com deficiência mais gostam, buscando mecanismos para que suas habilidades possam ser exploradas e que se desenvolvam ao máximo, incentivando a todos a participar das programações realizadas pelo instituto.

As práticas inclusivas visualizadas no Ifap, Câmpus Laranjal do Jari, constituem nas adaptações arquitetônicas e de recursos assistivos que vem possibilitando acessibilidade aos alunos com deficiência.

Destaco ainda os cursos de Libras, em diversos níveis, promovidos pelo centro de línguas e atendendo a comunidade interna e externa do município de Laranjal do Jari. Uma ação que já tem possibilitado a participação de egressos do curso em atividades da instituição, com a interpretação em Libras nos eventos, produção de vídeos (gravação do hino da instituição em Libras), dentre outros.

Em setembro de 2019 ocorreu o I Seminário de Inclusão do Campus Laranjal do Jari, repercutindo em um momento de formação continuada, contou com a participação de profissionais do Ifap, professores e técnicos em educação inclusiva das secretarias municipais de Educação (Semed) e Assistência Social (Semas), Unidade de Saúde Mental, Centro Especializado do Transtorno do Espectro Autista/CTEA, Promotoria de Justiça, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Laranjal do Jari.

O evento promoveu minicursos  de Libras, autismo ; as oficinas de Braille, Libras na informática e criação de jogos , tecnologias assistivas; palestras sobre  os aspectos legais da educação inclusiva, incidência de perda auditiva no Brasil entre jovens e adultos, inclusão e diversidade na formação profissional e tecnológica e a mesa-redonda a diversidade da educação inclusiva.

Bom dia,

É muito importante destacar a importância do NAPNE na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Pois o mesmo funciona articulando pessoas, instituições e desenvolvendo ações do programa no âmbito interno, com o auxílio de sociólogos, psicólogos, supervisores e orientadores educacionais, além de técnicos administrativos, docentes, estudantes e pais. Criando uma cultura na educação para a inclusão, convivência, aceitação da diversidade, e principalmente buscar a quebra das barreiras arquitetônicas, educacionais e de atitude.

Falar sobre Educação Inclusiva e as práticas realizadas dentro do IFAP é muito gratificante, pois cada Campus tem seu diferencial e experiência, além de sempre ocorrer eventos como seminários inclusivos da qual integramos a inclusão nos diversos cursos. Um relato recente que tive com meu colega de informática foi ofertar um curso de Libras para Informática no Seminário Inclusivo que ocorreu no campus Jari, e o que mais nos chamou atenção é a carência de inclusão nas áreas de tecnologia, pois esta possui uma nomenclatura técnica, e para alunos de informática é importante ter uma base de libras para informática, além de integrar alunos a se comunicarem com colegas surdos e colocar em prática na área técnica, pois são poucos os que estão na área da informática, e proporcionar a inclusão nesse espaço abre oportunidades para todos os indivíduos. 

Olá Pessoal!

Falar dos aspectos legais da inclusão é um pouco difícil para mim, pois a prática é totalmente dicotômica com as orientações normativas, o ambiente onde o docente realiza suas atividades. Ela ultrapassa os muros da escola; promove um conflito com o eu, e se desnuda em suas multiformas. compreender é o desafio para uma boa execução das ordenanças. Minha fala tem com exemplo uma discente PCD, com DA, que dentro da sala de aula não se encontra, há dificuldades de estabelecer a reciprocidade com ela. Mas minha observação segundo o texto, e os videos é Quem é ela? sua familia, sua situação sócio-economica, sua caminhada escolar, suas angústia e ausências? Partindo dessas indagações na primeira oportunidade de realizar uma atividade de extensão, solicitei a Cpoordenação do NAPNE, familia e nosso interprete autorizações para ela participar e falei à ela que teria momento que o protagonismo seria dela, pois a Língua é dela e ninguém melhor para observar se há erros na comunicação. Ela foi, encontramos, Professores, Policiais, Comerciantes, Pastores e Alunos da comunidade.  O Projeto se chamou NAPNE ITINERANTE LIBRAS NA COMUNIDADE, a aluna JS , simplesmente foi a protagonista, todos os aspectos didáticos ensinados ela executou, tempo de explicação dos slides, e no curso podemos observar que sua postura era motivacional, carismática ao corrigir os erros de configurações de mão, pontos de articulação e expressão facial dos cursistas. Resultado 01 uma desistência e convite para que ela pudesse retornar. Em sala alguns docentes adaptaram segundo as orientações que passamos qual o resultado. sucesso na aprendizagem daquele conteúdo. Assim vejo que as normas me refiro a todas legislações devem ser observadas, mas conhecer o seu publico alvo e saber da história e focar não nas dificuldade e sim em como superá-las, com isso veremos que na ação pedagógica seu plano de aula, não vai servir se não for compartilhado, claro que o docente centra o aprendizado no aluno; mas como ele aprende? Portanto o Aspectos legais discorre sobre as normas e suas práticas, e para praticar é preciso uma equipe multifuncional e  engajada na resoluções dos problemas apresentados por discentes.

|Se for questões de acessibilidade ele falará onde está encontrando barreiras e a Instituição deve providenciar a eliminação dessa barreira

Esta é minha compreensão e colaboração.

Embora eu mesma sou uma aprendiz no que se refere a Inclusão, tomo a liberdade em dizer que o IFAP tem atuado de forma positiva em suas políticas afirmativas para a inclusão desses alunos em seus diversos níveis de aprendizado, suas ações de inclusão para esses alunos têm acontecidos de forma progressiva e com espaços para melhoras, é claro.

Falando sobre as ações Inclusivas do Ifap, temos os Núcleos de Atendimentos para pessoas com Necessidades Específicas em 5 unidades do IFAP, em 2019 tive a oportunidade de participar na reformulação do regulamento dos Napnes objetivando a inclusão, organização, funcionamento para melhor atendimento desses alunos, temos o Setor de Inclusão e Diversidade que acompanha os Napnes e vem se esforçando na elaboração de novos documentos que beneficie as ações de inclusão no âmbito do Ifap, no qual também tenho o privilégio de participar, como por exemplo: adaptação/adequação curricular e terminalidade específica para os discentes com essas necessidades, além de seminários, palestras, Encontros dos Napnes que ocorrem anualmente, dentre outros.

Uma atividade que gostei muito de participar como aprendiz dos Napnes, foi sobre orientação e socialização de inclusão nas turmas que recebem alunos com Necessidades Especiais, foi interessante ver a interação dos colegas com esses alunos, além de ouvir autistas expressarem seus sentimentos. Neste primeiro semestre de 2020, relatou-se um quantitativo de 60 alunos no Instituto que merecem nosso olhar diferenciado e ainda mais ações de inclusão que proporcione sua permanência e saída exitosa. 

Penso que esses encontros de formação continuada, bem como as experiências relatadas pelos professores e técnicos neste fórum, nos permite refletir sobre nossas práticas e construir novas propostas de ensino com um olhar diferente para esse público da educação especial, visto que essa demanda exige dedicação de todos os profissionais que atuam na instituição e cabe a nós professores e técnicos assumir novas posturas e habilidades para intervir nas diferentes situações que acontecem, considerando que o processo de inclusão envolve mudanças no contexto escolar, na aceitação das diferenças e na valorização do outro, dessa forma, estaremos expressando uma visão positiva das pessoas com necessidades especiais.

No ano de 2019, em conjunto com alunos do Ensino Médio e do Ensino Superior, desenvolvemos um trabalho intitulado 'Barreiras arquitetônicas e urbanísticas: acessibilidade e inclusão de alunos com, atendidos no Centro Educacional Raimundo Nonato Dias Rodrigues".  no grupo de pesquisa tínhamos um aluno do Instituto Federal, campus Macapá, o aluno é deficiente físico.

A contribuição do mesmo para a presente pesquisa foi ímpar, já que, o relato e a vivência do mesmo perante tais barreiras, denota a importância de práticas pedagógicas que insiram de forma plena, estes alunos no contexto escolar. Ademais, tal narrativa pode expor que mesmo a Rede Federal de Ensino seguindo a NBR 9050, no espaço público ainda é perceptível encontrar alguns obstáculos que impendem o deslocamento de forma autônoma destes alunos. 

 Enquanto docente, que sou, há mais de 2 décadas, particularmente, foi enriquecedor, parar, analisar e refletir sobre as questões que o referido educando enfrenta no dia a dia, para ter sua autonomia e independência garantidas. 

Foi necessário uma pesquisa externa, para averiguar o caso especificado de um de nossos alunos, se pararmos e analisarmos, quantos deles não travam batalhas diariamente para que o direito individual e social seja exercido em sua plenitude. Sendo assim debater esta temática é um processo contínuo e desafiador, pois faz com que nos tornemos mais empáticos e determinados, a fazer do espaço escolar um lugar em que todos sejam e se sintam incluídos.

Em anexo segue o trabalho 62º IBRACON 

Muito bom o relato dos colegas. Cada pessoa tem uma vivência impa em sua vida. Quem ainda não se deparou com alguma situação sem saber o que fazer ? Já pensou em se colocar no lugar daquela pessoa que se sente excluído,  por falta de uma estrutura física, um profissional interprete, uma rampa de acesso, enfim...

São diversas situações que percebemos o quanto devemos nos moldar para viver em uma sociedade mais justa e inclusiva.  Atualmente em nosso campus se formou uma aluna que necessitava de atendimento especial. A própria turma e professores encontraram um jeito de adaptar uma mesa e cadeira que ela pudesse utilizar durante as aulas. Uma mulher  guerreira e que nos enchia de orgulho ao ouvir seus depoimentos. Com muita dificuldade conseguiu finalizar com exito seu curso. São histórias como estas que nos fazem procurar conhecer sempre mais sobre o assunto, pois mais cedo ou mais tarde teremos  lidar com alguma situação parecida.

Percebo ainda que existem alunos que são bem tímidos ao expor que sente dificuldade no aprendizado por algum problema particular, na minha opinião, o principal motivo seria o medo dos próprios colegas em fazer algum tipo de "bullying".  

Vivemos grandes conquistas nos últimos décadas, mas não pode parar nisso, precisamos sempre buscar um meio "inclusivo". 

Muito interessante  tópico! sabemos que a inclusão não é tarefa fácil , porém, é importante que haja o esforço de todos para que  saia do papel e de fato venha se consolidar.  Ressalta-se que os aspectos legais que trazem como rol a inclusão, só apontam para a necessidade de uma transformação no sistema educacional. Quando  a inclusão não acontece, só se pode imaginar uma coisa : O sistema é falho!  viver uma escola inclusiva requer mudança no modo de pensar, planejamento  e organização...No instituto Federal do Amapá O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne) fazem todo planejamento para a execução de projetos e ações na área.Ao abordar o tema inclusão escolar é necessário e imprescindível repensar o processo de construção do indivíduo como também projeta-lo como ser atuante na sociedade.   

Bom dia , a disciplina Aspectos Legais da Inclusão tem contribuido a conhecer melhor as politicas públicas voltadas para Educação Inclusiva , pois trabalho com alunos de aspecto autista e tenho aprendido muito com a disciplina sobre Educação inclusiva e politicas públicas educacionais, ao fazer a leitura do material fiz a seguinte reflexão " Incluir é aceitar as diferenças uns dos outros sem haver discriminação e preconceito". 

No Campus Laranjal do Jari tivemos muitas práticas inclusivas desde aquelas voltadas para a formação do professor quanto do aluno, exemplos dessas práticas são os ENCONTROS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO IFAP, os CURSOS DE LIBRAS, os ENCONTRO DOS NAPNES e muitas outras ações voltadas para a promoção da acessibilidade e inclusão das pessoas com necessidades educacionais  em nossa instituição.

A luta de vários segmentos sociais pela inclusão e igualdade de oportunidade para todos vem sendo árdua ao longo dos anos no Brasil, contudo os gérmens plantados autora estão frutificando hoje, como podemos perceber em um episódio que aconteceu no IFAP em 2018 quando recebemos uma aluna cadeirante no curso superior de administração.

Ciente de seus direitos conquistados a discente fez vale-los. Exigiu que a instituição oferecesse condições para a permanência e aprendizagem exitosa quando requereu junto ao setor cometente equipamentos necessários para assistir as aulas: uma mesa adequada a sua cadeira de rodas, assim como um tablete com aplicativos específicos para acompanhar as aulas, pedidos esses que foram atendidos pela instituição, promovendo e equidade entre os alunos da turma.

A discussão vai muito além dos espaços educacionais, pois tratar de educação inclusiva perpassa também por outros ambientes como familiar, social, etc. O instituto federal do Amapá, diferentemente dos demais campus que já estão no mercado profissional a mais tempo e com acentuada produção neste quesito, demonstra uma preocupação bastante relevante nesta pasta, apesar de estar há pouco mais 10 anos no estado. No Campus Santana, onde atuo, o corpo técnico é bastante colaborativo, desenvolvendo métodos de integralização desse aluno nas atividades propostas pela instituição. Na parte da linguagem, onde venho atuando como professor de língua espanhola, o Núcleo de atendimento as pessoas com necessidades especiais vem colaborando significativamente no ensino de línguas. O processo de ensino aprendizagem exige de forma atuante uma produção de materiais didáticos especializados que incorporem esse aluno às atividades em sala, ou seja, a preocupação é justamente colocar propostas que visem o aprendizado desse aluno de forma exitosa e permanente, assim como colocá-lo como protagonista e inseri-los (acredito que futuramente) em atividades voltadas para as Relações Internacionais e propor ações neste certame. Tudo ainda carece de muitos atributos como participação e investimento pesado nestas disciplinas, assim como, interesse dos poderes públicos. 

 Estou desenvolvendo uma pesquisa que buscam compreender os motivos da evasão escolar do educando com necessidades especiais. Espero que a partir de tal pesquisa seja possível promover boas discussões sobre a educação inclusiva no nosso campi. A pesquisa encontra-se na sua fase inicial, caso algum coleta tenha interesse em desenvolver a pesquisa em rede estou aberto ao diálogo.  Abraços.  

O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir.

A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades, buscando cada dia rever nossas práticas e metodologias de ensino.

A diversidade deve ser respeitada e valorizada entre os alunos. Daí a importância do papel da escola em definir atividades e procedimentos de relações, que envolvam todos os alunos, funcionários, corpo docente e gestores, para que possibilite espaços inclusivos, de acessibilidade, para que todos possam fazer parte de um todo, isto é, que as atividades extraclasses nunca deixam de atender os alunos com necessidades especiais, pois cada aluno tem sua especificidade e devem ser respeitados com tal.

Conforme Mader (1997), é necessário construir uma política de igualdade com seriedade e responsabilidade, possibilitando ações significativas e de qualidade na prática de educação inclusiva. Ressalto aqui a grande importância da Educação Inclusiva em todas as áreas e ensino, por algumas instituições que trabalhei, percebi que muitos docentes não sabem ou não entendem o sentindo da INCLUSÃO, trabalhando ainda com a educação tradicional e dificultado o ensino aprendizagem dos alunos, alguns até tentavam melhorar ou fazer de forma diferenciada, mais por falta da busca de informação, qualificação e atualização acabavam por desistir quando se deparavam com alguma situação fora do que eles estavam acostumados, custo acreditar que com tantas ferramentas ainda existem pessoas desinformadas, vivemos num mundo onde a internet é a principal ferramenta de comunicação e disseminação de informações. Que tal usa-la de uma diversificada? Eu posso fazer melhor? Como eu posso contribuir?  Ou um simples pedido de ajuda quando você não souber o que fazer, Pense e reflita. Seguimos trabalhando por um mundo de Inclusão e por um Brasil melhor.

Boa noite

No campus Porto Grande temos um aluno do subsequente com deficiência intelectual e o mesmo apresenta dificuldades na comunicação, leitura, escrita, execução de cálculos e memória. Contudo, os docentes em geral conseguiram observar que o aluno apresenta um avanço no aprendizado quando são associados todos os conteúdos com atividades práticas, com recursos de figuras, desenhos e com a própria realidade vivenciada por ele. Esse aluno é muito especial por ser o primeiro discente com deficiência  que eu tive contato  e logo no inicio fiquei bastante preocupada de como desenvolveria as atividades com ele, o NAPNE foi essencial para esse direcionamento. A verdade é que, essas experiências mostram nossas próprias limitações enquanto professores, mas também a confirmação que todo aprendizado é possível desde que usada a técnica/metodologia adequada.  

É importante debater a respeito das políticas inclusivas, ter conhecimento dos rumos e decisões a se tomar é uma possibilidade de que essas políticas sejam garantidas. Lembro que passamos por uma situação bem complicada com um aluno que chegou no PROEJA, não tínhamos professor de Educação Inclusiva, nem um profissional que orientasse os professores como avaliar, tudo era novo e desafiador, até cada um saber e aplicar um método de ensino aprendizagem para aquele aluno demorava, ficávamos frustrados, mas não desistimos e o aluno conseguiu concluir e ficamos mais tranquilos. Embora soubéssemos que o aprendizado não tinha se esgotado naquele caso.    

Muito legal ler esses relatos. O IFAP realmente tem feito muitas investidas voltadas à inclusão em nossa instituição de ensino, seja qual Campus for. Eu entrei em 2016 e logo de cara peguei duas turmas de PROEJA. Além das questões quanto a linguagem e conteúdo programático que a modalidade exigia, dado as especificidades dos alunos EJA, havia também alunos com outras necessidades específicas. Eu que começava minha carreira profissional ali, me vi na urgência de entender e buscar me capacitar mais e melhor para a diversidade em sala de aula. Naquele momento ainda não tínhamos o NAPNE no formato que ele é hoje, mas a existência de profissionais específicos dentro do Campus voltados a atender essas demandas e movimentarem dentro da instituição o debate sobre o tema da Inclusão foram fundamentais para que eu conseguisse executar as atividades com os estudantes os possibilitando ter êxito no desenvolvimento das mesmas. 
Lembro também de situações de baixo desempenho de alguns discentes em que foi solicitado uma avaliação mais completa deles, e ao compreendermos melhor a situação específica vimos como seu desempenho mudou, seja porque simplesmente não enxergava nada mas ao mesmo tempo não tinha comentado com ninguém antes, ou por questões síndromes, questões psicossociais, familiares, entre outras. O trabalho voltado a inclusão fez e segue fazendo diferença na realidade de cada estudante do IFAP.

Agora com a nova configuração dos NAPNEs, vejo um futuro ainda mais promissor nesse sentido. Participei, como alguns colegas aqui mencionaram, do evento de Encontros dos NAPNEs em Santana, e realmente é um debate que deve mesmo ser ampliado, foi muito rico e me abriu os olhos para questões que hoje tenho buscado me capacitar e entender mais, além de compartilhar as informações, orientações e ensinamentos. 

Atuo como médica e recebi uma aluna com quadro de baixa visão de longa data o que vinha dificultando a aprendizagem. Avaliei encaminhei ao oftalmologista e foi realizado procedimento médico intervencionista na aluna possibilitando melhoria significativa na visão. Então penso que essa integração com o setor de saúde é fundamental.